|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Ex-presidiário é baleado em partida de futebol no parque duas horas após desembargador ser assaltado
Tiros e roubo levam pânico ao Ibirapuera
OTÁVIO CABRAL
da Reportagem Local
Dois crimes assustaram os frequentadores do parque Ibirapuera (zona sudoeste de São Paulo)
na manhã de ontem. Em menos
de duas horas, um ex-presidiário
foi baleado durante uma partida
de futebol e um casal foi assaltado
enquanto caminhava no parque.
A segurança no parque é de responsabilidade da Guarda Civil
Metropolitana, que mantém postos fixos de patrulhamento e cerca
de 50 homens fazendo ronda pelo
local. Mesmo com o patrulhamento, a Polícia Civil contabiliza
pelo menos dez assaltos por mês
no Ibirapuera (leia texto abaixo).
O primeiro crime aconteceu às
8h15. O desembargador de Justiça
Hamilton Elliot Akel, 54, e sua
mulher, Maria Emygdia Silveira
Akel, 47, estavam caminhando
próximo ao portão 7, na avenida
Pedro Álvares Cabral, quando foram abordados por um adolescente armado de revólver.
Ameaçado, o casal entregou
dois relógios e R$ 300 em dinheiro. A guarda civil foi acionada e,
minutos depois, deteve o adolescente I.F.S.O.J., 15, escondido em
uma moita próxima ao lago.
Com ele, a guarda afirma ter encontrado os dois relógios, o dinheiro e um revólver calibre 38
com a numeração raspada. O
adolescente, segundo a polícia,
confessou o crime. Ele foi encaminhado ao SOS Criança.
Tiroteio
Pouco depois de a guarda ter
detido o menor, um tiroteio provocou uma correria na praça do
Porquinho, onde ficam as quadras e campos de esporte no parque Ibirapuera. Um homem armado de revólver entrou no campo de futebol durante uma partida apontando a arma para o ex-presidiário Williams Wanderson
de Jesus Santos, 25.
Enquanto os frequentadores
corriam, Santos pegou uma arma
e trocou tiros com o desconhecido. "Foi assustador, ouvi seis tiros. Todos corriam e se jogavam
no chão para escapar das balas",
narrou o instrutor de ginástica
Cláudio Pimentel Teixeira, uma
das 20 pessoas que estavam no
campo no momento do tiroteio.
Baleado no peito, Santos correu
até uma cabine da guarda civil,
que o levou ao Hospital São Paulo, onde permanecia internado na
noite de ontem. O outro homem
fugiu. O professor M.G.L., 28, viu
Santos jogar uma sacola em uma
moita e avisou a guarda.
No saco, havia um revólver calibre 38 com três tiros disparados e
21 saquinhos de maconha, totalizando cerca de 200 gramas.
Para a polícia, o tiroteio foi um
acerto de contas entre Santos e
outro traficante. "Ele já foi preso
por tráfico e havia droga com ele.
Para mim, foi uma briga entre traficantes", concluiu a delegada Roberta Guerra, do 36º DP (Paraíso).
Texto Anterior: Sem aulas: Professores denunciam fechamento de salas Próximo Texto: Guarda civil não se pronuncia Índice
|