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Pesquisa mapeia situação das escolas
DA REPORTAGEM LOCAL
Boa parte das escolas municipais de educação infantil (para
crianças de 4 a 6 anos) tem um
número de alunos por sala acima
da quantidade máxima recomendada pela Secretaria Municipal da
Educação, que é de 35 estudantes.
A constatação foi feita em levantamento encomendado pela prefeitura ao Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento),
que apresenta uma situação "visual" em cada região da cidade.
Ele usa a técnica de georreferenciamento, que emprega a superposição de informações diferentes num mesmo mapa.
Entre as conclusões, é possível
observar que a maior parte da periferia, com exceção do extremo
sul, é bem servida por escolas,
mas a maioria tem uma lotação
maior por classe. Em bairros mais
centrais, há menos escolas, mas
elas também são mais vazias.
A idéia do projeto, que custou
cerca de R$ 200 mil e foi feito entre agosto de 2001 e setembro de
2002, é orientar a secretaria na hora de decidir onde investir.
Segundo a secretária interina da
Educação, Maria Aparecida Perez, foi usado para definir gastos
deste ano, incluindo a localização
Centros Educacionais Unificados.
Duas escolas com realidades diferentes registradas no estudo são
a Emei Jardim Novo Horizonte
Azul, próxima ao Jardim Ângela
(zona sul) e a Emei Tide Setúbal,
no Itaim Bibi (zona oeste).
A primeira é vizinha do extremo sul, onde praticamente não
existem escolas porque não se pode construir -as áreas são de
mananciais. Mas há presença
grande de crianças. O número
médio de alunos por sala é de 38.
A diretora da escola, Dionísia
Angela Bertin, diz que no ano passado chegou a ter 42 alunos. "É difícil assim, mas tentamos atender
a demanda", diz.
Em outra situação, está a Tide
Setúbal, numa região onde há salas com menos de 33 alunos. A
média da escola é 31, mas às vezes
chega a 22 apenas.
"Temos vaga o ano inteiro",
afirma Bertin, cuja escola está acima da média de equipamentos,
com biblioteca, computador,
brinquedoteca e até uma areia especial que não provoca alergias.
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