São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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No interior de SP, carteiro esconde 3.000 cartas e alega "não dar conta" do serviço

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Um carteiro de Severínia (420 km de São Paulo) deixou de entregar cerca de 3.000 correspondências sob alegação de que "não dava conta" do serviço. A maior parte das cartas estava escondida na casa do carteiro.
Anteontem, após uma denúncia, a polícia recolheu 500 cartas em um terreno no centro. A regional dos Correios identificou que o responsável pelas entregas era o carteiro Diose Ferreira da Costa, 18, que estava na empresa havia menos de um mês.
Na casa dele, a polícia achou outras 2.500 cartas não entregues -como boletos bancários, faturas de cartão de crédito e contas de luz e telefone.

Metas
Em depoimento, o carteiro declarou que não estava conseguindo atingir a meta diária de entregas. Com medo de ser demitido, ele resolveu esconder as cartas em casa.
A estatal não informou qual era essa meta.
Segundo a diretoria regional do interior paulista dos Correios, Costa foi contratado por uma empresa terceirizada para cobrir férias na região, mas ele já foi desligado das atividades.
Ele cobria seis avenidas e uma parte de um conjunto residencial no centro de Severínia, cidade que tem 16 mil habitantes. As cartas encontradas começaram a ser distribuídas por dez carteiros de cidades vizinhas.
Costa será indiciado por violação de correspondência. Condenado, pode pegar de um a três meses de prisão, além de pagar multa. Ele vai responder ao processo em liberdade.
A funcionária pública Ana Maria de Marqui, 46, afirmou que teve que pagar a conta do cartão de crédito com multa no banco.
"Ligava para a empresa para pedir a fatura e eles diziam que tinham enviado. Cansei de esperar e, quando passou o vencimento, fui ao banco pagar." Ela disse ainda que recebeu apenas ontem a conta de telefone, que vencia dia 24.


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