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Secretário diz que disputa de poder causou fugas na Febem
MARIANA VIVEIROS
da Reportagem Local
Superlotação, poucos monitores, disputa de poder entre gangues, falta de segurança mais ostensiva e a não liberação de menores que deveriam ter saído antes do Carnaval. Para o secretário
da Assistência e Desenvolvimento
Social, Edsom Ortega, foram esses os fatores que fizeram da Febem do Tatuapé palco de rebeliões e fugas nos últimos dias.
Segundo dados da Secretaria da
Assistência e Desenvolvimento
Social, 50 menores tentaram fugir
e 22 conseguiram sair do complexo na terça-feira à noite. Desses,
15 foram recapturados. Anteontem, mais 25 menores saíram
-21 foram recapturados.
A única medida concreta tomada até agora pela secretaria foi a
transferência de cinco menores
para os cadeiões de Santo André e
de Pinheiros. Eles foram considerados os líderes nas fugas de terça-feira. Segundo o secretário,
mais menores devem sair do
complexo do Tatuapé e alguns serão transferidos de unidades.
Apesar dos incidentes, Ortega
disse não acreditar que a Febem
Tatuapé -que abriga 1.400 menores- pode se tornar uma segunda Imigrantes -onde quatro
menores foram assassinados na
rebelião de outubro do ano passado.
Segundo o monitor Pedro Camilo, 40, que trabalha no "circuito
grave" (onde ficam os menores
considerados mais agressivos) da
Febem Tatuapé, o clima lá está
tenso há muito tempo.
Camilo disse que, desde quinta-feira antes do Carnaval, aconteciam tentativas de motim, de fuga
e agressões entre menores. Ele
confirma que há uma defasagem
no quadro de monitores.
Camilo afirma que o projeto de
reformulação da Febem feito pelo
governo estadual é bom na teoria,
mas acha que vai ser difícil de ser
colocado em prática.
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