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Dívida poderá ser quitada em 4 anos, diz prefeita
DA REPORTAGEM LOCAL
A alegada dívida de cerca de R$
1 bilhão deixada pela administração do ex-prefeito Celso Pitta
(PTN) com fornecedores da Prefeitura de São Paulo terá pagamentos "escalonados" e poderá
levar quatro anos para ser quitada
pela gestão de Marta Suplicy (PT).
O prazo foi citado pela primeira
vez ontem por Marta. Até então, a
prefeitura havia somente estabelecido que começaria os pagamentos pelos valores menores.
Essas dívidas da administração
passada e o comprometimento
do Orçamento com outras despesas chegaram a ser apontados pela
atual gestão como um risco para
os projetos sociais prometidos
por Marta em sua campanha.
Mas a prefeita disse que implantará todos os projetos que prometeu, atendendo pelo menos parte
da população que poderá ser beneficiada por programas como o
Renda Mínima (complementação
de renda de famílias carentes).
Pelo que a prefeita afirmou ontem, os maiores credores da prefeitura, segundo a regra criada devido à falta de recursos, ficarão no
final da fila de pagamentos.
"É capaz de a gente até conseguir pagar tudo nessa gestão",
disse ontem, após participar de
reunião do novo Conselho Municipal do Meio Ambiente.
Marta afirmou também que a
meta de liquidar dívidas pendentes de seu antecessor não será afetada pela eventual possibilidade
de a prefeitura passar a adotar
subsídios regulares ao sistema de
transporte da cidade.
Ontem, porém, ela disse que essa questão só será definida após a
prefeitura receber um estudo que
encomendou sobre a situação financeira das empresas. A análise,
feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da
USP (Universidade de São Paulo),
deverá ser concluída em três semanas, segundo a prefeita.
Após o estudo, Marta também
admite a possibilidade de autorizar reajuste da tarifa de ônibus
(hoje em R$ 1,15) para o usuário.
"Nós vamos tentar propor o que
for melhor para o usuário, para a
melhoria da qualidade do transporte e para a cidade, em termos
de Orçamento", afirmou.
A prefeita, que estava afônica
ontem devido a temperaturas diferentes que diz ter enfrentado em
um ônibus com ar-condicionado
e no enterro do governador Mário
Covas, também disse que encarará protestos com incêndios de
ônibus como casos de polícia.
Anteontem, primeiro dia de
uma operação para fiscalizar perueiros clandestinos, sete ônibus
foram incendiados na zona sul de
São Paulo. Ontem, outro caso foi
registrado. "Essa não é mais uma
questão da prefeitura. É uma
questão da polícia."
Marta disse que a fiscalização de
perueiros será mantida e que recebeu informações de investigações que levantam a possibilidade
de os incêndios de anteontem estarem ligados a uma ação de traficantes da zona sul.
Pela manhã, a prefeita participou de uma caminhada de mulheres em um centro educacional
na Vila Alpina (zona leste de SP).
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