São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Pedestres "furam" bloqueio de ruas no Tatuapé

EM SÃO PAULO

O bloqueio a veículos e pedestres na avenida Salim Farah Maluf já durava 15 minutos, mas nem a Polícia Militar e o Exército conseguiram segurar as cerca de 250 pessoas que estavam confinadas em uma esquina da rua Celso Garcia, no Tatuapé, às 17h35 de ontem.
Às 17h20, PMs e marronzinhos começaram a colocar cavaletes nas cinco ruas que foram interditadas nas redondezas, o que fez com que passageiros dos ônibus prosseguissem a pé. Por alguns minutos, mesmo com o tráfego interrompido para veículos, as pessoas ainda cruzavam a avenida, o que foi proibido em seguida.
Foi o que bastou para as pessoas se revoltarem. "Só no Brasil mesmo para isso acontecer. Todos estão cansados e querem ir pra casa", afirmou a vendedora Fernanda Martins Fonseca.
As pessoas tentaram atravessar a via, mas foram impedidas por três soldados e dois PMs.
Depois, outro grupo iniciou a tentativa, foi seguro, mas as outras cerca de 250 pessoas foram atrás, sem que a segurança pudesse agir. "O povo unido nem o Bush segura", afirmou a costureira Mariângela Pereira, que furou a segurança, minutos antes da passagem da comitiva.
Policiais e o Exército voltaram a impedir que a avenida fosse utilizada pelos pedestres, mas nova aglomeração se formou e, de novo, as pessoas usaram a Salim Farah Maluf.
Na segunda "invasão", até mesmo os policiais diziam para as pessoas aproveitarem a oportunidade. "Pior é que é possível que o Bush pense que paramos aqui para conseguir vê-lo, mas eu só quero ir para a minha casa encontrar meu filho", afirmou a representante comercial Ana Cristina Lima.
Após menos de cinco minutos, a comitiva de Bush passou, o trânsito foi liberado e, em 20 minutos, tudo voltou ao normal nas imediações.
(MARCELO TOLEDO)


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