São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Visita de casal Bush causa prejuízos a comerciantes de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Comerciantes das ruas por onde passou ontem a primeira-dama dos EUA, Laura Bush, contabilizavam os prejuízos em razão da interdição.
"Deixei de ganhar pelo menos R$ 100 nesta manhã", dizia Júnior Cesar Nascimento Carvalho, dono de um estacionamento na rua Belmiro Braga, onde fica a ONG Cidade Escola Aprendiz, visitada por Laura.
Carlos Freitas, designer gráfico, também reclamava que havia perdido uma manhã de trabalho por conta da interdição da rua. "Será que vão me pagar o dia em dólar?", brincou.
O mecânico Iranilton de Jesus dos Santos afirmou que deixou de entregar dois carros que estavam sendo consertados na sua oficina. "Os clientes ficaram chateados, mas o que eu podia fazer se eles não deixavam circular carro na rua?" Além disso, Santos diz que outros dez clientes desistiram de fazer reparos em veículos.
Antes de ir à Vila Madalena, Laura Bush visitou a ONG Alfabetização Solidária, nos Jardins, onde também causou transtornos. O estacionamento Doral Park, na rua Pamplona, não pôde receber novos clientes por cerca de uma hora e quinze minutos, em razão da interdição da via. Segundo o caixa Aureliano Costa da Silva, entre 20 e 30 carros entram no local por hora.
O corretor de seguros Noach Freund, 47, reclamou que não conseguia chegar ao escritório, na alameda Franca. "Ninguém avisou. É uma falta de organização enorme, a gente é tratado como palhaço", disse.

Restaurante vazio
O empresário Sérgio Bernardes deixou de faturar pelo menos R$ 36 mil em seu restaurante nos dois dias da visita de George W. Bush a São Paulo.
A churrascaria The Prime Grill fica na avenida Moreira Guimarães, nas proximidades do aeroporto de Congonhas. A via foi interditada para a passagem da comitiva de Bush.
Bernardes reclama das interdições de anteontem à noite na hora do jantar -entre as 20h e as 21h aproximadamente- e de ontem na hora do almoço -das 12h até por volta das 13h.
Segundo ele, pelo menos 400 rodízios deixaram de ser servidos. O preço por pessoa é de R$ 65. Com bebidas e outros produtos, o tíquete médio no restaurante é de R$ 90.
"Se fosse uma coisa breve, tudo bem. Mas ontem [anteontem] à noite matou o jantar. Hoje [ontem] matou o almoço. A gente perdeu 400 rodízios. Tenho 80 funcionários parados, comida pronta, energia elétrica sendo consumida, tudo isso é prejuízo." (CLÁUDIA COLUCCI, AFRA BALAZINA E EVANDRO SPINELLI)


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