São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2010

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Assaltantes jogam refém de carro a 70 km/h

Engenheiro foi feito refém em Osasco e atirado no Rodoanel durante perseguição

Dupla de ladrões foge da polícia por 20 km, rompe cancela de pedágio, atinge 15 carros e deixa cinco feridos, entre eles um bebê

WILLIAM CARDOSO
DO "AGORA"

Um engenheiro de 35 anos foi jogado para fora de um carro a 70 km/h por uma dupla de assaltantes que tentava despistar a polícia durante uma fuga cinematográfica pelo Rodoanel e por avenidas movimentadas de Osasco (Grande São Paulo), que terminou, 20 km depois, com cinco feridos leves, entre eles um bebê recém-nascido.
Os ladrões romperam uma cancela de pedágio, atingiram 15 veículos e jogaram uma moto para fora da pista na tentativa de deter a perseguição.
O drama do engenheiro Douglas Visnyei Feltrin começou ao ser abordado pelos assaltantes nas proximidades da praça Oito de Maio de 1965, no bairro Bela Vista, em Osasco, quando pegava o seu Fiat Strada.
Com o engenheiro refém, eles seguiram até o Rodoanel, onde trafegavam em baixa velocidade até serem vistos por policiais civis de Taboão da Serra, que passaram a segui-los.
Os bandidos perceberam a aproximação e, na tentativa de distrair os policiais, jogaram o carro contra a moto do mecânico Luiz Fagner de Sousa Oliveira, 23, atirando-o para fora da pista. Oliveira, que teve ferimentos leves, disse que foi sorte não ter sido atropelado. "Eles fizeram de propósito, jogaram o carro para cima de mim em alta velocidade", afirmou.

Troca de tiros
Durante a fuga, os assaltantes trocaram tiros com os policiais. Assim que deixaram o Rodoanel, na altura do km 18, arremessaram o refém para fora do carro. A vítima foi internada com machucados na cabeça e nas costas, sem risco de morte.
Na avenida Sport Club Corinthians Paulista, em Osasco, os bandidos provocaram o capotamento de um Voyage com três pessoas, entre elas um bebê. Todos passam bem. Esse acidente foi o mais grave e interrompeu a fuga. A dupla foi presa e vai responder por roubo e tentativa de homicídio.
Segundo o aposentado Elias Feltrin, 60, pai do engenheiro, os ladrões ameaçaram seu filho de morte. "Eles diziam a todo momento que iriam matá-lo."


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