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Aguardente mata grávida e seu filho na BA
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Levantamento realizado pela Secretaria da Saúde da Bahia revela
que 35 pessoas já morreram, em
dez cidades do Estado, intoxicadas
por uma aguardente de fabricação
clandestina. Todas as mortes foram registradas nas três últimas
semanas.
O caso mais recente aconteceu
em Iguaí (531 km de Salvador).
Anteontem, a doméstica H.C.J., 37,
grávida de cinco meses, entrou em
trabalho de parto, após ingerir a
cachaça. O filho da doméstica não
resistiu ao parto prematuro e morreu no início da noite de anteontem, segundo informações da polícia de Iguaí. O nome da doméstica
não foi divulgado pela polícia.
Outra morte aconteceu no Hospital Prado Valadares, em Jequié.
O agricultor Alexandre Francisco
da Silva não resistiu aos efeitos da
contaminação e também morreu.
Segundo informações da 13ª Dires (Diretoria Regional de Saúde),
cerca de 450 pessoas já foram assistidas pelos médicos da região nos
últimos dias.
Todas as vítimas disseram que tinham ingerido cachaça e apresentavam os mesmos sintomas -dor
de cabeça, pressão alta e vertigem.
Até ontem à tarde, o empresário
Carlos Andrade -acusado de ser
o fabricante da cachaça que provocou a morte das 35 pessoas- ainda não tinha se apresentado à polícia de Iguaí.
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