DA 2REPORTAGEM LOCAL

Desde 1999, a campeã dos casos de DTAs (doenças transmitidas por alimentos) no Brasil é a maionese, que respondeu por 23% dos surtos, segundo dados da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde. De 99 a 2004, foram ao todo 3.116 surtos de DTAs, com 55 mil pessoas afetadas.
Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná são os Estados brasileiros que lideraram o número de surtos -928, 663 e 625, respectivamente. Porém, os dados não significam que esses locais tenham mais surtos que outras regiões, mas sim que a notificação é mais eficaz, segundo o secretário Jarbas Barbosa (Vigilância em Saúde).
Entre as bactérias, a vilã foi a salmonella, responsável por 892 dos surtos. O abrigo preferido desses microrganismos são os ovos não-pasteurizados.
"As pessoas têm a falsa impressão de que os alimentos "in natura" são mais saudáveis. Mas, quando não seguem as regras de higiene, podem ser bem perigosos", diz Barbosa.
De acordo com o biomédico Roberto Figueiredo, o ideal é que as pessoas comprem ovos já refrigerados e, em seguida, guardem-os no interior da geladeira, nunca na porta, a não ser que a geladeira tenha refrigeração própria nesse local. A temperatura da porta tem a tendência de aumentar e seguir uma inconstância perigosa devido ao hábito de as pessoas abrirem e fecharem a geladeira várias vezes. Isso permitiria uma multiplicação mais rápida da bactéria.

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