São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Acidente na marginal provoca recorde histórico de trânsito

CET demorou mais de sete horas para remover caminhão de madeira que tombou

DA REPORTAGEM LOCAL

Com 266 quilômetros de vias congestionadas às 19h30, o trânsito de São Paulo registrou ontem um recorde histórico de lentidão, segundo as medições feitas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Segundo a companhia, a principal causa do trânsito foi a interrupção da marginal Tietê, no sentido Ayrton Senna, por cerca de sete horas, entre as 10h37 e as 17h56.
Foi esse o tempo que equipes da CET levaram para remover da via um caminhão carregado com toras de madeira que tombou na ponte que dá acesso à rodovia Presidente Dutra. O motorista, que foi atendido no local, não se feriu gravemente.
A lentidão de ontem bateu os recordes tanto da atual quanto da antiga metodologia de medição da CET. Até julho de 2007, quando 556 km de vias eram monitoradas, o recorde era de 242 km de lentidão, em 1996. Na nova metodologia, que abrange 835 km de vias, a maior marca era de 229 km, às 19h do dia 3 de abril.
Às 19h de ontem, a marginal Tietê registrava 23 km de lentidão na pista expressa, mais que o dobro do normal. A marginal Pinheiros teve 12 km de engarrafamento em cada sentido.
"São Paulo não tem mais jeito, não é?", disse o técnico em informática Alex Correia, que mora em Suzano (Grande SP) e enfrentou mais de quatro horas de trânsito. "Evito vir para cá por isso", disse por telefone.

Problemas
Em nota, a CET informou que houve necessidade de remover a carga antes de destombar o caminhão.
Além disso, outros cinco acidentes na cidade, todos com vítimas, teriam contribuído para a demora na liberação das pistas e, conseqüentemente, para o recorde de trânsito.
Em três desses acidentes, o tempo de resgate e remoção dos veículos foi superior a uma hora. A interdição de uma faixa por 15 minutos causa 3 km de lentidão, que leva meia hora para se dissipar.
A companhia, entretanto, convive com problemas crônicos. A frota tem veículos com até 14 anos -na média, a idade é de 8,2 anos- e mais da metade das câmeras de monitoramento não funciona.


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