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Acidente na marginal provoca recorde histórico de trânsito
CET demorou mais de sete horas para remover caminhão de madeira que tombou
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 266 quilômetros de vias
congestionadas às 19h30, o
trânsito de São Paulo registrou
ontem um recorde histórico de
lentidão, segundo as medições
feitas pela CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego).
Segundo a companhia, a
principal causa do trânsito foi a
interrupção da marginal Tietê,
no sentido Ayrton Senna, por
cerca de sete horas, entre as
10h37 e as 17h56.
Foi esse o tempo que equipes
da CET levaram para remover
da via um caminhão carregado
com toras de madeira que tombou na ponte que dá acesso à
rodovia Presidente Dutra. O
motorista, que foi atendido no
local, não se feriu gravemente.
A lentidão de ontem bateu os
recordes tanto da atual quanto
da antiga metodologia de medição da CET. Até julho de 2007,
quando 556 km de vias eram
monitoradas, o recorde era de
242 km de lentidão, em 1996.
Na nova metodologia, que
abrange 835 km de vias, a maior
marca era de 229 km, às 19h do
dia 3 de abril.
Às 19h de ontem, a marginal
Tietê registrava 23 km de lentidão na pista expressa, mais que
o dobro do normal. A marginal
Pinheiros teve 12 km de engarrafamento em cada sentido.
"São Paulo não tem mais jeito, não é?", disse o técnico em
informática Alex Correia, que
mora em Suzano (Grande SP) e
enfrentou mais de quatro horas
de trânsito. "Evito vir para cá
por isso", disse por telefone.
Problemas
Em nota, a CET informou
que houve necessidade de remover a carga antes de destombar o caminhão.
Além disso, outros cinco acidentes na cidade, todos com vítimas, teriam contribuído para
a demora na liberação das pistas e, conseqüentemente, para
o recorde de trânsito.
Em três desses acidentes, o
tempo de resgate e remoção
dos veículos foi superior a uma
hora. A interdição de uma faixa
por 15 minutos causa 3 km de
lentidão, que leva meia hora para se dissipar.
A companhia, entretanto,
convive com problemas crônicos. A frota tem veículos com
até 14 anos -na média, a idade
é de 8,2 anos- e mais da metade das câmeras de monitoramento não funciona.
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