São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Defesa do casal entra com pedido de habeas corpus

DA REPORTAGEM LOCAL

Os advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá entraram ontem na Justiça com um pedido de habeas corpus solicitando a liberdade provisória do casal e a anulação do despacho do juiz Maurício Fossen, que recebeu a denúncia do Ministério Público sobre o assassinato de Isabella.
"O recurso foi feito baseado na ausência de requisitos que autorizam a prisão preventiva", disse Marco Polo Levorin, advogado do casal.
Segundo ele, no habeas corpus a defesa tenta derrubar a tese do promotor Francisco Cembranelli de que, em liberdade, o casal ameaçaria a ordem pública e tentaria influenciar e ameaçar testemunhas.
Para sustentar seus argumentos, Marco Polo disse ter baseado o habeas corpus em decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal, nas quais clamor e gravidade do crime não foram julgados como elementos suficientes para fundamentar prisões preventivas.
Para pedir a anulação do despacho do juiz Fossen, a defesa do casal argumenta que o magistrado não deveria ter entrado no mérito da denúncia. Levorin criticou frases do juiz -como a que classifica os denunciados como "pessoas desprovidas de sensibilidade moral e sem um mínimo de compaixão humana". Para Levorin, Fossen deveria ter analisado apenas se a denúncia tinha "justa causa".
O advogado Antonio Nardoni, 52, avô de Isabella, pediu ontem que o desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida esqueça o clamor público e a emoção e adote o aspecto técnico jurídico ao julgar o pedido.


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