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Defesa do casal entra com pedido de habeas corpus
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados de Alexandre
Nardoni e Anna Carolina Jatobá entraram ontem na Justiça
com um pedido de habeas corpus solicitando a liberdade provisória do casal e a anulação do
despacho do juiz Maurício Fossen, que recebeu a denúncia do
Ministério Público sobre o assassinato de Isabella.
"O recurso foi feito baseado
na ausência de requisitos que
autorizam a prisão preventiva",
disse Marco Polo Levorin, advogado do casal.
Segundo ele, no habeas corpus a defesa tenta derrubar a
tese do promotor Francisco
Cembranelli de que, em liberdade, o casal ameaçaria a ordem pública e tentaria influenciar e ameaçar testemunhas.
Para sustentar seus argumentos, Marco Polo disse ter
baseado o habeas corpus em
decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal, nas quais
clamor e gravidade do crime
não foram julgados como elementos suficientes para fundamentar prisões preventivas.
Para pedir a anulação do despacho do juiz Fossen, a defesa
do casal argumenta que o magistrado não deveria ter entrado no mérito da denúncia. Levorin criticou frases do juiz
-como a que classifica os
denunciados como "pessoas
desprovidas de sensibilidade
moral e sem um mínimo de
compaixão humana". Para Levorin, Fossen deveria ter analisado apenas se a denúncia tinha "justa causa".
O advogado Antonio Nardoni, 52, avô de Isabella, pediu ontem que o desembargador Caio
Eduardo Canguçu de Almeida
esqueça o clamor público e a
emoção e adote o aspecto técnico jurídico ao julgar o pedido.
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