São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Advogado da clínica nega maus-tratos

DA AGÊNCIA FOLHA

Armando Domingos, advogado da clínica Associação Terapêutica Cristã, negou que pacientes sofressem maus-tratos ou fossem mantidos em cárcere privado no local.
Segundo ele, os objetos apreendidos, como armas e espadas, eram usados em peças teatrais encenadas pelos próprios internos para ilustrar como eles viviam no passado.
O suposto aparelho de choque (um pedaço de madeira com fios e pregos) servia como carregador de celular, disse ele. "Os fios eram para captar sinal".
Domingos afirmou que as lesões apresentadas pelos pacientes são resultados de brigas entre eles. "Um estava havia cinco dias na casa, brigou com três pacientes e se machucou. E disse que era torturado".

Referência
Ele disse que muitos pacientes chegam ao local por pressão da família e, em abstinência, querem sair em busca de drogas ou álcool. Afirmou ainda que a associação é referência no tratamento de dependentes químicos e recuperou, em mais de dez anos, seis em cada dez internos.
Para ele, o Ministério Público não respeitou o prazo para que o instituto cumprisse compromissos firmados no termo de ajustamento de conduta e estimulou a saída dos internos.
"Tínhamos seis meses para regularizar a situação e obter o alvará da Vigilância Sanitária. Temos autorização para funcionar como centro de reabilitação". Segundo ele, a clínica não tinha médicos ou enfermeiros contratados porque os profissionais atuavam no centro como voluntários.
Ele diz que o instituto tinha receitas para os medicamentos administrados aos pacientes.


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