DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Militar afirma, em nota divulgada ontem, que os policiais acusados da morte do motoboy Alexandre Menezes dos Santos avistaram, durante patrulhamento na região da Vila Marari, na zona sul, uma motocicleta transitando sem placa e na contramão.
Como não obedeceu à ordem de parada e fugiu, o motociclista foi abordado na rua Guiomar Branco da Silva (em frente à própria casa) e, após luta corporal, foi lesionado no pescoço em razão "do uso excessivo de força física" dos policiais.
Em depoimento, os policiais disseram que encontraram uma arma na cintura da vítima ao socorrê-la no hospital. A nota afirma, no entanto, que não houve disparo de arma de fogo.
O delegado José Carlos Chedid Jr., responsável pela autuação, disse que os policiais contaram, em depoimento, terem aplicado duas "gravatas" para imobilizar o motoboy.
Por conta dos excessos, os PMs foram autuados em flagrante acusados de homicídio culposo (sem intenção de matar) e estão recolhidos no Presídio Militar Romão Gomes, à disposição da Justiça.
No 43º DP, o flagrante levou mais de 12 horas para ser concluído. Durante todo o sábado, eram muitos os policiais militares que andavam de um lado para o outro do distrito para acompanhar os depoimentos.
Paravam para assistir a lances da primeira rodada do Campeonato Brasileiro, na TV que fica na recepção. Um deles chegou a dizer a um interlocutor, no celular, que o valor da fiança seria de R$ 500.
"Foi estipulado um valor de R$ 480 para cada um. Continuam presos porque foram autuados pela Justiça Militar", afirmou o delegado. (OB)


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