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outro lado
Dirigente nega desrespeito e problema pedagógico
DA REPORTAGEM LOCAL
O armazenamento dos corpos não é desrespeitoso. Há dificuldade geral para receber cadáveres e não há problemas pedagógicos. O descarte do formol está regularizado e as novas salas serão utilizadas.
Essa são as respostas do diretor do instituto, Rui Curi, e do
chefe do departamento de anatomia, Jackson Bittencourt.
Abaixo, trechos da entrevista. A
reitoria não se manifestou.
Conservação de corpos
São usados baldes e caixas-d'água porque os tanques de
aço não funcionam. "Qualquer
escola usa isso. Não há desrespeito com os corpos", disse Bittencourt. A empresa que forneceu a estrutura metálica foi notificada para fazer o reparo.
O novo sistema permitirá que
os corpos sejam manuseados
mais facilmente, pois conta com
mecanismo hidráulico. E as caixas d'água têm durabilidade
menor. "Não que haja problemas hoje", disse o diretor.
Sobre as críticas do promotor, Bittencourt diz: "Ficaremos
honrados com a visita dele, para
mostrarmos as instalações".
Mau estado dos corpos
"As peças são usadas até o seu
limite. Não há problemas pedagógicos. Depois, são enterradas", disse o chefe da anatomia.
Todas as escolas enfrentam
dificuldades em obter corpos,
devido ao aumento de escolas
médicas no país e os custos do
processo, dizem os dirigentes.
Segundo eles, há um mês a pró-reitoria de graduação decidiu
ajudá-los a bancar os gastos.
Descarte de formol
Para o diretor do ICB, "a
questão está resolvida". Agora,
o formol é armazenado em tanques e retirado por caminhões,
que levam para tratamento.
"Ele já poderia ser jogado na rede, por ser muito diluído. Como
houve dúvidas, mudamos o
procedimento", disse Curi.
Eles não veem problema no
uso da substância, devido ao alto índice de diluição e ao sistema de exaustão na escola.
Novas salas
Os dirigentes dizem que os
funcionários tiveram de focar
nas respostas às denúncias,
atrasando a compras dos materiais. O problema já foi sanado.
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