JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro José Dirceu (Casa Civil) defendeu ontem a "constituinte universitária" para debater a reforma do ensino superior.
O grupo, segundo Dirceu, seria formado por alunos, professores e funcionários das universidades, públicas e privadas, de todo o país. A participação seria feita por meio de delegados, que formulariam uma proposta final de reforma do ensino e encaminhariam um projeto para o Congresso, onde será votada a reforma.
"A constituinte conta com a participação de todos. Uma constituinte é democrática. Não é inerente do processo democrático uma constituinte que não é democrática. A nossa, de 88, foi democrática e já tem cerca de 60 emendas já aprovadas", declarou, em visita a FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas).
Segundo o Ministério da Educação, a partir da semana que vem terão início os debates regionais com a sociedade para discutir a lei orgânica do ensino superior.
A discussão da criação dessa legislação por meio de uma constituinte é visto com desconfiança por integrantes das universidades públicas, que vêem na iniciativa o aumento do poder de interferência das universidades privadas nas discussões sobre a reforma.


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