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MORTE
Doméstica se dizia ameaçada; causa não foi esclarecida
Acusada de seqüestro de bebê na Santa Casa morre na prisão em SP
DO "AGORA"
A polícia investiga a morte da
empregada doméstica Marta Santana da Silva, 47, ocorrida no último dia 12 de maio no presídio feminino do Butantã (zona oeste).
Ela havia sido presa sob acusação
de ter levado um bebê de 16 dias
dos braços de uma mãe de 14
anos. O crime ocorreu dentro da
Santa Casa de Misericórdia de São
Paulo em julho do ano passado.
Silva passou mal um dia antes
de morrer e foi socorrida pelos
agentes penitenciários, mas voltou horas depois de receber alta.
No dia seguinte, ela voltou a pedir
socorro médico, mas já chegou
morta ao hospital. A causa da
morte ainda não foi esclarecida.
Silva, em cartas enviadas no ano
passado a seu irmão, Marcos
Francisco da Silva, 49, relatava supostas ameaças de morte que recebia no Cadeião de Pinheiros,
primeiro local onde ficou detida.
As ameaças, segundo a polícia,
seriam feitas pela ex-patroa de
Marta, Neuza Aparecida da Silva,
40, que também foi presa acusada
pelo seqüestro do bebê. Na carta,
ela informava ter sido obrigada
pela ex-patroa a dizer, em depoimento à polícia, que Bernardete
Pires Pacheco, assistente social da
Santa Casa, tinha colaborado no
crime. Pacheco ficou presa por
cerca de 40 dias e aguarda em liberdade a conclusão do processo.
A Secretaria da Administração
Penitenciária instaurou sindicância. A reportagem não localizou o
advogado da ex-patroa para comentar as acusações.
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