São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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MORTE

Doméstica se dizia ameaçada; causa não foi esclarecida

Acusada de seqüestro de bebê na Santa Casa morre na prisão em SP

DO "AGORA"

A polícia investiga a morte da empregada doméstica Marta Santana da Silva, 47, ocorrida no último dia 12 de maio no presídio feminino do Butantã (zona oeste). Ela havia sido presa sob acusação de ter levado um bebê de 16 dias dos braços de uma mãe de 14 anos. O crime ocorreu dentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em julho do ano passado.
Silva passou mal um dia antes de morrer e foi socorrida pelos agentes penitenciários, mas voltou horas depois de receber alta. No dia seguinte, ela voltou a pedir socorro médico, mas já chegou morta ao hospital. A causa da morte ainda não foi esclarecida.
Silva, em cartas enviadas no ano passado a seu irmão, Marcos Francisco da Silva, 49, relatava supostas ameaças de morte que recebia no Cadeião de Pinheiros, primeiro local onde ficou detida.
As ameaças, segundo a polícia, seriam feitas pela ex-patroa de Marta, Neuza Aparecida da Silva, 40, que também foi presa acusada pelo seqüestro do bebê. Na carta, ela informava ter sido obrigada pela ex-patroa a dizer, em depoimento à polícia, que Bernardete Pires Pacheco, assistente social da Santa Casa, tinha colaborado no crime. Pacheco ficou presa por cerca de 40 dias e aguarda em liberdade a conclusão do processo.
A Secretaria da Administração Penitenciária instaurou sindicância. A reportagem não localizou o advogado da ex-patroa para comentar as acusações.


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