São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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PANORÂMICA

EDUCAÇÃO

Antropólogos criticam método usado pela UnB para a seleção por cotas raciais
A Comissão de Relações Étnicas e Raciais da Associação Brasileira de Antropologia divulgou nota em que critica "a pretensa objetividade dos mecanismos adotados pela UnB" para selecionar os candidatos negros e pardos interessados nas 392 vagas reservadas em seu vestibular para o sistema de cota racial. Os critérios empregados foram considerados "autoritários".
A Universidade de Brasília estabeleceu que os 4.385 candidatos deveriam ser fotografados. Uma comissão analisou as fotos analisadas e definiu quem pode ser considerado negro ou pardo. Foram reprovados 212.
Para a comissão da ABA, a iniciativa "constitui, de fato, um constrangimento ao direito individual, notadamente ao da livre auto-identificação. Além disso, desconsidera o arcabouço conceitual das ciências sociais, e, em particular, da antropologia social e antropologia biológica".
A nota afirma ainda que a adoção do sistema de cotas raciais nas universidades públicas "não deve se submeter, tampouco submeter aqueles aos quais visa beneficiar, a critérios autoritários, sob pena de se abrir caminho para novas modalidades de exceção atentatórias à livre manifestação das pessoas".
A UnB informou por meio de sua assessoria que adoção da medida foi aprovada por seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão após ampla discussão com a sociedade. (DA REDAÇÃO)


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