São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

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Tenente presa é transferida para outro quartel

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Há três anos, quando passou na prova para tenente do Corpo de Bombeiros, a enfermeira Lucrécia Belo da Fonseca, 30, buscava estabilidade para ajudar a família. Os baixos salários a levaram às manifestações.
Única mulher presa entre os 439 detidos na sexta, no quartel central, a tenente ficou até o fim da tarde de ontem em uma cela de 6 m2 no quartel da corporação no Méier, zona norte da cidade. À noite, foi transferida para o Grupamento Especial Prisional (GEP), do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, onde estão oito bombeiros, apontados como líderes do movimento.
No quartel do Méier, Lucrécia passou seus dias deitada em uma das camas do beliche, no escuro. Tinha direito a duas horas diárias de banho de sol. A cela cheirava a mofo e tinha uma televisão velha, que não funcionava.
"Ela não é líder de movimento nenhum. Temos muito medo do que possa acontecer com ela", diz um parente, que pede para não ser identificado.
Pouco antes de ser transferida, a tenente recebeu flores de um grupo de estudantes de uma escola municipal, que fizeram uma manifestação diante do quartel. O Corpo de Bombeiros não se pronunciou sobre a situação dela.


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