São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agentes param poucas unidades em protesto contra assassinatos de colegas

DA REPORTAGEM LOCAL

A paralisação dos agentes penitenciários como forma de protesto e luto às mortes de outros agentes atribuídas ao PCC perdeu a força no final de semana. As visitas aos presos foram permitidas em quase todos os presídios do Estado.
Com exceção das penitenciárias de Araraquara e de Itirapina 2 -que não podem receber visitas desde a última rebelião por questões de segurança-, apenas 15 das 144 unidades prisionais proibiram as visitas dos familiares aos detentos. Uma das paralisações foi em Guarulhos, onde trabalhava o agente Paulo Gilberto de Araújo (assassinado na sexta-feira).
Ainda segundo a secretaria, nas unidades onde houve paralisação, foram mantidos os serviços essenciais como alimentação e atendimento médico.
João Batista Pancioni, diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, confirmou a baixa adesão. "Poucas unidades fizeram protesto e proibiram as visitas porque os agentes estão agindo com cautela. A situação está complicada para os servidores das penitenciárias. Eles foram eleitos como inimigos número 1 dos presos e o momento é muito delicado", disse.
Familiares dos presos que estão na penitenciária Itirapina 2 fizeram uma manifestação na manhã de ontem pedindo mais agilidade do governo na reforma do prédio para que as visitas voltem a acontecer.
Por segurança, as visitas estão proibidas desde a última rebelião que destruiu completamente o prédio. Hoje, os 1.296 presos estão soltos nos pavilhões do presídio -que não tem mais portas. Os agentes também não entram mais no local.
A SAP informou que a reforma da unidade de Itirapina deverá começar dentro de 20 dias.


Colaborou a Agência Folha

Texto Anterior: Estado divulga medidas para proteger agente
Próximo Texto: Marcola diz que negociou antes dos ataques
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.