São Paulo, terça-feira, 10 de agosto de 2004

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TRÂNSITO CAÓTICO

Devido à interdição de faixa, motorista demorou mais de 40 min para atravessar a via

Carro anda como pedestre na Rebouças

DA REPORTAGEM LOCAL

A ampliação das interdições na av. Rebouças, em São Paulo, levou ontem os motoristas a demorar mais de 40 minutos para atravessar a via inteira, mesmo fora das horas de rush. A velocidade média era inferior a 6 km/ h, próxima da de pedestres.
A situação do trânsito, que já estava complicada nos últimos meses por causa da construção de um corredor de ônibus Passa Rápido e de uma passagem subterrânea na esquina com a Faria Lima, piorou com a realização de bloqueios na faixa da direita para a instalação de cabos subterrâneos que deverão eliminar a fiação aérea.
O problema ontem se dava principalmente no sentido bairro-centro, entre a av. Brasil e a alameda Santos. Essas interdições na faixa da direita vão se estender até novembro. Embora a prefeitura tenha prometido liberar no próximo dia 20 os bloqueios na região da Faria Lima, a circulação de automóveis deverá continuar prejudicada, já que, ainda neste mês, uma das três faixas -a da esquerda- se tornará exclusiva para os ônibus, como parte do Passa Rápido Francisco Morato-Consolação.
Em nota enviada à Folha na semana retrasada, a CET dizia que as interdições na faixa da direita deveriam ser feitas preferencialmente à noite. A companhia não deu entrevistas ontem. A assessoria de imprensa informou somente que a quebra de um semáforo foi uma das razões para prejudicar a circulação.
Os picos de lentidão na capital paulista foram de 88 km de manhã e de 92 km à tarde, contra 64 km e 125 km da média de junho.
A Folha percorreu ontem uma distância de 4,3 km na av. Rebouças, da ponte Eusébio Matoso à alameda Santos, no sentido bairro-centro. A viagem durou das 15h47 às 16h31, numa velocidade média de 5,9 km/h. A maioria dos pedestres se desloca entre 4 km/h e 6 km/h.
O vendedor de amendoins Wagner Ferreira, 16, nem se preocupava em ficar perto dos semáforos para conseguir clientes. "Mesmo no meio do quarteirão, dá pra vender bastante. Aqui sempre pára tudo", disse.
Embora a velocidade dos automóveis fosse propícia para andar, as condições das calçadas levavam os pedestres a circular no meio da rua.


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