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TRÂNSITO CAÓTICO
Devido à interdição de faixa, motorista demorou mais de 40 min para atravessar a via
Carro anda como pedestre na Rebouças
DA REPORTAGEM LOCAL
A ampliação das interdições
na av. Rebouças, em São Paulo,
levou ontem os motoristas a demorar mais de 40 minutos para
atravessar a via inteira, mesmo
fora das horas de rush. A velocidade média era inferior a 6 km/
h, próxima da de pedestres.
A situação do trânsito, que já
estava complicada nos últimos
meses por causa da construção
de um corredor de ônibus Passa
Rápido e de uma passagem subterrânea na esquina com a Faria
Lima, piorou com a realização
de bloqueios na faixa da direita
para a instalação de cabos subterrâneos que deverão eliminar
a fiação aérea.
O problema ontem se dava
principalmente no sentido bairro-centro, entre a av. Brasil e a
alameda Santos. Essas interdições na faixa da direita vão se estender até novembro. Embora a
prefeitura tenha prometido liberar no próximo dia 20 os bloqueios na região da Faria Lima, a
circulação de automóveis deverá
continuar prejudicada, já que,
ainda neste mês, uma das três
faixas -a da esquerda- se tornará exclusiva para os ônibus,
como parte do Passa Rápido
Francisco Morato-Consolação.
Em nota enviada à Folha na
semana retrasada, a CET dizia
que as interdições na faixa da direita deveriam ser feitas preferencialmente à noite. A companhia não deu entrevistas ontem.
A assessoria de imprensa informou somente que a quebra de
um semáforo foi uma das razões
para prejudicar a circulação.
Os picos de lentidão na capital
paulista foram de 88 km de manhã e de 92 km à tarde, contra 64
km e 125 km da média de junho.
A Folha percorreu ontem uma
distância de 4,3 km na av. Rebouças, da ponte Eusébio Matoso à alameda Santos, no sentido
bairro-centro. A viagem durou
das 15h47 às 16h31, numa velocidade média de 5,9 km/h. A
maioria dos pedestres se desloca
entre 4 km/h e 6 km/h.
O vendedor de amendoins
Wagner Ferreira, 16, nem se
preocupava em ficar perto dos
semáforos para conseguir clientes. "Mesmo no meio do quarteirão, dá pra vender bastante.
Aqui sempre pára tudo", disse.
Embora a velocidade dos automóveis fosse propícia para andar, as condições das calçadas levavam os pedestres a circular no
meio da rua.
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