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SP veta docente com formação a distância
DA SUCURSAL DO RIO
Uma demonstração de
que a garantia de qualidade na educação a distância
ainda está longe de ser
consensual entre os educadores foi dada em junho
deste ano pelo Conselho
Municipal de Educação de
São Paulo, que recomendou à prefeitura que não
admitisse professores formados por essa modalidade de ensino.
O principal argumento
dos conselheiros contra a
educação a distância foi
que, no município, não haveria a necessidade de
contratar professores por
essa modalidade, já que há
número suficiente de docentes formados em cursos presenciais.
Concorrência
Os relatores José Augusto Dias e Rubens Barbosa de Camargo argumentaram em seu relatório que, no caso da cidade
de São Paulo, os últimos
concursos para contratação de professores tiveram
concorrência de mais de
25 candidatos por vaga.
Afirmam ainda que,
mesmo nas disciplinas em
que há mais carência de
professores no Brasil -como geografia, física e matemática-, houve número
mais do que suficiente de
candidatos em São Paulo.
Para eles, a contratação
de professores a distância
se justifica em casos emergenciais, o que não se verificaria na capital paulista.
No entender dos membros
do conselho, no caso da
formação de professores,
quando se pode escolher, o
melhor é optar pela formação presencial.
Inapropriado
"Do ponto de vista pedagógico, não é apropriado
falar em educação a distância para a formação de
docentes. Os meios eletrônicos podem transmitir
preciosos conhecimentos,
mas a educação não se faz
apenas com conhecimentos. Há valores essenciais a
uma educação completa
que somente é possível adquirir pela convivência",
diz o relatório.
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