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Ar seco põe SP em estado de emergência
Fim de semana chegou a registrar mínima de 11% em Ermelino Matarazzo; clima deve permanecer ruim nesta semana
Situação também é preocupante em outras regiões; em MG, 50 cidades pediram a homologação de situação de emergência
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A baixa umidade do ar deixou
São Paulo em estado de atenção, de alerta e até de emergência durante o final de semana. E
a situação deve continuar ruim,
já que não há previsão de chuvas antes de sexta-feira.
Ontem, a umidade do ar mínima registrada em Ermelino
Matarazzo (zona leste) foi de
15%. Para a OMS (Organização
Mundial de Saúde), umidade
do ar entre 12% e 20% significa
estado de alerta.
Anteontem, Ermelino Matarazzo teve umidade de 11%, o
que já é considerado estado de
emergência e pode ser comparado a um clima de deserto.
Em estado de atenção, a OMS
sugere evitar atividades físicas
ao ar livre entre 11h e 15h. No
estado de alerta, a sugestão é
ampliada para o horário das
10h às 16h. Quando a umidade
atinge estado de emergência, a
OMS recomenda, então, interromper completamente qualquer atividade ao ar livre entre
10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo e entrega de correspondência.
"O clima está seco em toda a
capital. Mas há uma variação
dependendo do microclima do
bairro. Ermelino Matarazzo,
por exemplo, tem muito concreto e, por isso, a situação na
região é pior", diz Jonathan Cologna, técnico em meteorologia
do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
Levando em conta os dados
das subprefeituras, a média de
umidade do ar em São Paulo foi
de 24,3% ontem, o que é considerado estado de atenção.
A Secretaria Municipal de
Educação informou que, nos
períodos de tempo muito seco,
os professores de educação física são orientados a dar exercícios mais leves para os alunos e
a recomendar o consumo de
muita água. A princípio, as aulas de educação física não são
suspensas, mas podem ser, caso
os níveis de umidade do ar atinjam níveis críticos.
Além de afetar a saúde da população, outra conseqüência do
tempo seco é a maior propensão para a ocorrência de queimadas -que têm atingido desde margens de rodovias a importantes parques nacionais,
como a Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, o mais
visitado do Brasil.
País
Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o período
também foi quente e seco. Foi o
quarto dia seguido que a cidade
registrou umidade relativa do
ar abaixo de 20%. A umidade
esteve abaixo dos 20% ontem
das 12h até as 17h, com mínima
de 18%, às 16h.
Em nove Estados, incluindo
todos do Centro-Oeste, além
do Distrito Federal, a Defesa
Civil enviou alertas de baixa
umidade do ar no fim de semana. Segundo o órgão, a umidade
relativa do ar ficou por volta de
20% nessas regiões.
Em Minas Gerais, a falta de
chuva fez 50 cidades pedirem a
homologação de situação de
emergência desde o começo do
mês de julho.
Em Goiânia (GO), pesquisas
feitas pela agência ambiental
do Estado consideraram inadequada a qualidade do ar na cidade durante a semana passada. Além do período de estiagem, as queimadas na região e o
fluxo de veículos contribuíram
para o fenômeno.
Colaboraram a Folha Ribeirão e a Agência Folha
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