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"Treme-treme" já teve mais de 3.000 moradores
DA REPORTAGEM LOCAL
Há mais de dois anos desocupado, o edifício São Vito já
abrigou simultaneamente
mais de 3.000 pessoas. Não à
toa, ganhou o apelido de "treme-treme". A área do edifício é de 21 mil m2.
O São Vito é formado por
624 quitinetes (com áreas
entre 28 m2 e 30 m2). Tem 27
pavimentos -26 residenciais- e cada andar tem 24
apartamentos.
Chegou a ser considerado
uma favela vertical e a ser
classificado como um dos
símbolos do que a cidade de
São Paulo tinha de pior.
Para modificar essa imagem, o projeto de restauração do São Vito previa a diminuição no número de moradores para 1.000, que se dividiriam em cerca de 390
apartamentos -com tamanhos ampliados para áreas
de 352 a 60 m2. A intenção do
arquiteto Roberto Loeb, responsável pelo projeto, era
deixar cada pavimento com
até 15 residências e melhorar
a ventilação.
Também estavam previstas a pintura e a reforma da
fachada, a implantação de
uma creche no mezanino,
abertura de bares e lojas no
primeiro andar e a criação de
um mirante na cobertura.
A implosão do prédio histórico, cuja construção terminou em 1959, chegou a ser
cogitada na gestão Marta
(PT). A idéia foi deixada de
lado quando técnicos constataram que as estruturas
não tinham danos mais graves e que, com a demolição, o
Edifício Mercúrio, vizinho,
teria de vir abaixo.
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