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O avião de treinamento da FAB (Força Aérea Brasileira) caiu a duas quadras da casa da noiva do piloto, o primeiro-tenente-aviador André Marcelo Castro Magalhães, 32, que morreu no acidente. Eles tinham casamento marcado para 4 de maio de 2002.
Magalhães, que é carioca, chegou a Maceió na última quarta-feira, vindo da Academia da Força Aérea, em Pirassununga (207 km de São Paulo). O tenente estava hospedado na casa da noiva dele, Ana Paula Alves, 26.
De acordo com a família da jovem, ela o levou pela manhã ao aeroporto Zumbi dos Palmaras, no município de Rio Largo (a 26 km de Maceió), de onde o monomotor decolou.
"Quando ela chegou em casa e estava descendo do carro, viu o avião passando e logo depois caindo", afirmou o pai de Ana Paula, Aberaldo Alves, 54.
O casal se conheceu há quatro anos no aeroclube de Maceió, onde ela fazia um curso de pára-quedismo. Na época, Magalhães foi à cidade levar um avião Bandeirantes, civil, a pedido do aeroclube, para um dos primeiros saltos dos alunos.
"Eles se apaixonaram logo que se conheceram. Já estávamos com tudo pronto para o casamento. O vestido de noiva e o enxoval já estão preparados. Também já tínhamos marcado a igreja e o salão de festas", afirmou a mãe de Ana Paula, Zuleide Alves, 54.
Segundo a família, a noiva não se dedicava mais ao pára-quedismo a pedido do tenente. Hoje, ela só exerce a profissão de nutricionista.
Magalhães ia a Maceió a cada 30 dias, levando os cadetes da Academia de Pirassununga para vôos de instrução. Nessas ocasiões, aproveitava para ver a noiva. Depois do casamento, eles iriam morar em Recife.
Na tarde de ontem, quando a reportagem esteve em sua casa, Ana Paula estava sedada e em estado de choque. "Somente o tempo vai dizer como ela vai reagir a essa tragédia", afirmou sua mãe. O piloto será enterrado no Rio de Janeiro.


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