São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2001

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Testemunha relembrou atentado

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA EM MACEIÓ

Pilotos do aeroclube de Maceió avaliaram que o tenente André Marcelo Castro Magalhães teve muita perícia ao evitar que o monomotor caísse em uma escola estadual ou atingisse um shopping.
Cerca de 3.000 pessoas circulam diariamente pelo shopping Iguatemi. A escola estadual Benício Dantas, no horário da manhã, tem 160 alunos.
Um sargento da Aeronáutica -que preferiu não se identificar- confirmou que o avião foi abastecido em Maceió e, por isso, estaria muito pesado, o que diminuiria a chance de manobras.
"Eu passei o maior susto da minha vida. Não dá para acreditar que um "monstro daquele" (aeronave) voasse tão baixinho. Eu decidi entrar no carro e fugir o mais rápido possível", disse Abelardo Costa, 39, taxista.
Um dos moradores da avenida atingida pelo avião, o balconista José Alves dos Santos, 28, tomava café quando aconteceu o acidente. "Ouvi um barulho muito forte e corri para o quintal. Quando vi o estava acontecendo, logo fui ajudar as pessoas."
Um outro vizinho, o pedreiro Eduardo dos Santos, 36, disse ter visto quando a aeronave fez uma espécie de "cambalhota" no ar. "O avião vinha baixo, quando tentou fazer uma "cambalhota" (looping). Quando percebi, o avião já estava caindo nas casas."
Algumas pessoas ficaram tão assustadas com o acidente que o associaram aos ataques terroristas que aconteceram nos EUA.
"Eu lembrei daquele acidente dos EUA. Era muita fumaça, fogo e poeira. As pessoas corriam", afirmou Carlos André do Nascimento, 30, enfermeiro.



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