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Secretário de Segurança do Rio se queixa de atraso em repasse; ministério faz avaliação
Força-tarefa é viável, afirma Garotinho
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O secretário de Segurança do
Rio, Anthony Garotinho
(PMDB), se mostrou ontem receptivo à idéia de uma força-tarefa interestadual para o combate à
violência, reunindo, além do Rio,
São Paulo, Minas Gerais e a Polícia Federal. "Eu acho que isso é
perfeitamente viável. A idéia é
boa. No que depender do Rio, nós
estamos dispostos a colaborar e a
receber colaboração", disse.
A proposta foi feita anteontem
pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao ministro Márcio
Thomaz Bastos (Justiça), que
anunciou a criação do grupo. Bastos convocaria para quarta-feira,
em Brasília, uma reunião com os
três governadores.
Garotinho se queixou, no entanto, do atraso na liberação para
o Rio de R$ 40 milhões do Fundo
Nacional de Segurança Pública.
"Até agora não recebemos nem
um real", disse. São Paulo, com o
repasse de R$ 30 milhões que será
feito nesta semana, terá recebido
a maior parte da verba do fundo
(cerca de 10%).
O governo federal afirma que o
atraso se deve à inadimplência do
Estado com a União, que tornaria
ilegal o repasse do dinheiro, segundo a Lei de Responsabilidade
Fiscal, mas o governo do Rio diz
que há discriminação.
O Ministério da Justiça informou que na semana passada o
Tribunal de Contas da União deu
parecer favorável ao início do repasse, mesmo que o Estado esteja
inadimplente. A pasta está avaliando o posicionamento.
"Não quero acreditar que um
assunto tão importante para a vida de todos os cidadãos esteja
sendo partidarizado", disse ainda
Garotinho.
A governadora do Rio, Rosinha
Matheus (PMDB), disse que há 45
dias entregou aos governadores
de São Paulo e de Minas a proposta da formação da força-tarefa.
No Rio, a idéia de uma força-tarefa para conter a violência não é
nova. Em junho de 2002, após
atentados a edifícios públicos e o
assassinato do jornalista Tim Lopes, negociações entre a então governadora Benedita da Silva (PT)
e o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) resultaram
na criação de um grupo.
Após algumas reuniões, sem resultados práticos, a iniciativa acabou caindo no esquecimento.
O secretário também comentou
ontem o comboio de criminosos
armados que deixou, na tarde de
sábado, três mortos no Rio. Ele
disse que é impossível evitar crimes em um Estado mais populoso que o Uruguai.
Colaborou a Reportagem Local
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