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Programa quer simplificar mercado de imóveis
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para viabilizar o Programa Nacional de Habitação, o governo federal irá criar um pacote de medidas, a ser regulamentado nos próximos dez dias, com o objetivo de
desburocratizar os programas
atualmente existentes.
Segundo o levantamento do
Programa Brasileiro da Qualidade do Habitat, do total do déficit,
4,4 milhões de moradias são para
famílias com renda mensal inferior a três salários mínimos.
Outro problema a ser enfrentado é a questão das casas particulares. O governo não pode obrigar o
proprietário a baixar o valor do
aluguel para torná-lo acessível,
mas pode colocar em prática instrumentos existentes no Estatuto
das Cidades, aprovado em 2001,
que propõe a implementação de
uma política urbana para baratear
áreas consideradas nobres.
Para isso, será necessário modificar as leis de zoneamento das cidades e criar formas de subsidiar
programas destinados à habitação, uma parceria entre União,
Estados e municípios.
"Precisamos criar um marco regulatório para o sistema de financiamento. Além disso, temos outros instrumentos, como incentivar o proprietário de um domicílio valorizado pela boa localização
com a renúncia de alguns impostos, o que pode vir a baratear o
imóvel", disse Jorge Hereda, secretário Nacional de Habitação.
Outro instrumento previsto pelo Estatuto das Cidades é a criação
de uma espécie de IPTU (Imposto
Predial e Territorial Urbano) progressivo, no qual o proprietário
paga alíquotas maiores se insistir
em deixar o imóvel vazio.
De acordo com Raquel Rolnik,
secretária Nacional de Planejamento Urbano, alguns bairros de
São Paulo, como Belém (na zona
leste) e Brás (no centro), por
exemplo, já abrigaram, juntos,
cem mil pessoas. Hoje, têm apenas 30 mil moradores.
"Assim como temos bairros
fantasmas em São Paulo, temos
em Goiânia, por exemplo, muitos
lotes urbanizados, com toda a infra-estrutura, que estão vazios. E
as favelas continuam crescendo
nas periferias", disse Rolnik.
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