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Imprecisão sobre localização do jato não foi notada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A falta de localização precisa
do jato Legacy não preocupou
especialmente o controle aéreo
em Brasília no dia da colisão
com o Boeing da Gol. A tensão
só tomou conta dos controladores quando o vôo 1907 não
comunicou sua aproximação
nem apareceu nos radares.
Já se sabe que houve falha do
transponder do Legacy. Porém,
os monitores continuam registrando, de forma automática, a
localização prevista de acordo
com o plano de vôo.
Na tela, ao lado do ponto que
representa o avião no monitor,
do lado esquerdo fica a altitude
indicada pelo transponder e do
direito, a prevista no plano, que
é atualizada automaticamente
-ou seja, após a passagem por
Brasília, "desceu" o avião de 37
mil para 36 mil pés.
Um controlador presente no
dia do acidente explica que isso
induz ao erro: pode-se entender que aquela altitude já havia
sido confirmada.
Por volta das 16h daquele 29
de setembro, houve troca de
equipe no console que monitorava o Legacy. A suspeita é que
o controlador que assumiu não
tenha sido avisado de que o jatinho estava sem dado preciso do
transponder e não tinha confirmado por rádio sua posição.
Esse controlador afirma que
Brasília fez sete tentativas de
comunicação com o jato, mas
como checagem rotineira, presumindo que o plano de vôo estava sendo seguido.
Como as falhas nas freqüências de rádio da região amazônica são norma, não houve
maior estranhamento com essa
falta de contato. Isso explicaria
por que não houve tentativas
de contato com o Legacy por
meio de outras aeronaves ou
tentativa de alertar o Boeing
para mudar a rota.
(LS e IG)
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