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Ex-diretora da Anac cobra que PF apure dossiê
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados da ex-diretora da
Anac (Agência Nacional da
Aviação Civil) Denise Abreu
apresentaram ontem à Polícia
Federal de São Paulo um dossiê, que ela afirma ser falso, que
relata movimentações financeiras atribuídas a ela.
Segundo o advogado Roberto
Podval, um dos quatro que assinam o pedido de apuração, esses papéis foram entregues na
casa dela em São Paulo, sem nenhum tipo de identificação do
remetente. Não houve, diz ele,
pedido de dinheiro ou ameaças.
Junto com o dossiê foi entregue um pedido de "cabal apuração" para descobrir os responsáveis pelo dossiê e, também, se
alguém de fato utilizou seus dados pessoais para aberturas de
contas no exterior.
Nas 38 páginas do documento, ao qual a Folha teve acesso,
escritas em inglês e datadas de
agosto de 2007, são relatadas
duas contas em nome de Denise no Uruguai, que seriam utilizadas para transferir recursos
para a Europa.
O dossiê não menciona os
donos das contas bancárias européias, nem detalha as supostas movimentações. Informa,
porém, que os autores têm condições de identificá-las.
Denise renunciou ao seu cargo em agosto, pressionada por
denúncias de irregularidades e
pelo desgaste com a crise aérea.
A suposta operação ainda envolveria o também ex-diretor
da Anac Jorge Velozo e o secretário-geral do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias,
José de Anchieta Hélcias (consultor da TAM) -também com
contas no Uruguai.
Velozo e Hélcias disseram
que não tiveram acesso ao dossiê, mas negam terem aberto
contas no exterior ou feito gastos milionários no cartão.
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