DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu ontem interditar mais 19 lotes de leite longa vida integral. A decisão, baseada nos mesmos exames, já havia sido tomada na quinta pela vigilância sanitária de Minas Gerais, mas a decisão agora vale para todo o país.
Segundo o órgão, a análise detectou "não conformidades" nos produtos, como alto teor de sódio e presença de sacarose, substância que, pela legislação brasileira, não pode ser adicionada ao leite. Mas não há informações sobre riscos à saúde.
Os lotes interditados são das marcas Centenário, Parmalat e Calu. Eles terão que ser retirados dos pontos-de-venda e não deverão ser consumidos.
As empresas têm dez dias para apresentar contraprova. Se as irregularidades forem comprovadas, elas poderão receber multa de até R$ 1,5 milhão.
A análise do leite foi contestada anteontem pelo presidente do conselho de administração da Parmalat, Marcus Elias. Ele afirmou que não há padrões para presença de sódio no leite brasileiro.
Em nota, a Parmalat pediu "isonomia de tratamento" à Vigilância mineira e imediata suspensão da interdição dos lotes até que tenha acesso aos resultados das análises e apresente contraprova.
Também anteontem a Calu informou, em nota, que dois laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura atestam a qualidade do leite nos produtos interditados e que não entende a divergência dos resultados. A Folha não conseguiu contactar a Centenário.


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