São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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Estudante é encontrado morto em bosque da USP

Rapaz de 32 anos cursava o 3º ano de geografia; ele estava desaparecido desde terça-feira

Para a polícia, são três as hipóteses que deverão ser investigadas no caso: overdose, suicídio e até mesmo assassinato

ANDRÉ CARAMANTE
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante do terceiro ano do curso de geografia da USP (Universidade de São Paulo) Carlos Andrei Carvalho, 32, foi encontrado morto ontem em uma área de bosque do campus Butantã da universidade, na zona oeste de São Paulo.
Funcionário do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Carvalho era casado e pai de uma criança de quatro meses.
De acordo com policiais que examinaram preliminarmente seu corpo na USP, ele foi achado de bruços e não apresentava sinais aparentes de violência.
O local onde Carvalho foi encontrado por policiais militares do COE (Comando de Operações Especiais) faz divisa com um conjunto de prédios residenciais do bairro Butantã.
Segundo o delegado José Manoel Martins, titular do 93º DP (Jaguaré), são ao menos três as hipóteses para explicar as causas da morte de Carvalho: morte acidental (causada supostamente por overdose), suicídio ou homicídio.
O laudo com a causa da morte está sendo elaborado pelo IML e ficará pronto em 15 dias. O DHPP (departamento de homicídios) assumiu o caso.
Parentes do universitário que não quiseram se identificar disseram ontem, após o corpo ser achado, que Carvalho fazia tratamento para depressão.
O universitário, ainda segundo relato de seus familiares, já havia se recuperado da dependência química.

Perícia
Distante cerca de 300 metros do corpo de Carvalho, os PMs encontram alguns objetos que serão periciados para se descobrir se têm relação com a morte do universitário.
Os PMs acharam um copo plástico com um pó branco dentro, uma seringa, uma garrafa de 500 ml (com um líquido transparente) e uma touca azul que, segundo a mulher do universitário, pertencia a ele.
Na terça-feira, Carvalho saiu de casa com seu carro, um Renault Clio, para ir trabalhar e não voltou mais. No dia seguinte, sua mulher, Thálita Vanessa Pinheiro Carvalho, 23, também estudante de geografia da USP, foi ao 51º DP (Butantã) e registrou o sumiço dele.
Quinta-feira, o Renault Clio de Carvalho foi achado por Thálita em um estacionamento dentro da USP. Thálita havia ido à universidade para levar o filho do casal ao médico.
Também na quinta, os PMs do COE iniciaram as buscas pelo universitário e o encontraram às 17h de ontem.


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