DA SUCURSAL DO RIO

Os parentes dos jovens presos anteontem acusados de tráfico se surpreenderam ao saber das acusações. O tio de Jéssica de Albuquerque e Corrêas, Vítor Moraes, que a criou, disse esperar que a prisão sirva para que ela se afaste do namorado, Bruno Pompeu D"Urso, apontado como o líder da quadrilha.
"Uma coisa dessas arrebenta uma família toda. Ela é boa menina, trabalha em escritório de contabilidade e faz cursinho para sociologia. É culpa desse pilantra que ela namora, sempre o olhei de lado. É marrento, meu santo nunca cruzou com o dele."
A jovem é, segundo o tio, depressiva e perdeu a mãe com 1 ano de idade. . Para Moraes, a quem Jéssica chama de "pai", a prisão pode alertá-la das más companhias. Ele estava com o cunhado, pai biológico de Jéssica, que preferiu não dar o nome.
Domingos Luiz Azevedo, pai de Rafael Luiz Passos, 19, veio de Maricá (60 km do Rio) para auxiliar o filho. Diz ele, o jovem foi criado pela mãe e que eles não tinham contato até o filho fazer 18 anos. "Não tenho palavras para dizer o que estou sentindo. Os pais não são vigias 24h por dia", lamentou ele.
Muitos dos jovens choraram ao depor ou quando viram seus parentes, na delegacia -caso de Fábio Luiz Cardoso, 26 e de Rodrigo Foresti De Luca, 21.
Já Bruno disse à polícia que fuma maconha, pois seu pai era viciado. A mãe, diz a polícia, passou mal.


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