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Agentes perdem a liberdade fora do presídio
DA SUCURSAL DO RIO
Os agentes penitenciários vivem o dilema de
mandar nos detentos dentro das prisões e não ter liberdade fora delas.
Muitos funcionários da
Secretaria de Administração Penitenciária do Rio
evitam ir a áreas controladas por facções dos presídios onde trabalham.
Na cadeia, os agentes
dispõem de mecanismos
de pressão sobre os internos, inclusive a força, mas
são comuns as ameaças de
acertos de contas do lado
de fora dos muros.
O fato de serem poucos
agentes desarmados para
muitos presos torna os
inspetores vulneráveis
mesmo na prisão. É comum apenas um funcionário ser responsável por
centenas de presos.
As desavenças internas
que terminam em mortes
extra-muros são comuns.
O diretor da penitenciária
Bangu 3, tenente-coronel
PM José Roberto do Amaral Lourenço, foi assassinado com 30 tiros, em 16
de outubro. Foi o sétimo
diretor de unidade prisional morto em oito anos.
A tensão e o ambiente de
violência afetam os agentes, que levam para fora do
sistema o comportamento
violento, como é o caso dos
"mão virgem" ou "zero tapa", freqüentemente
agentes mais jovens, de
concursos mais recentes
(porém muitas vezes associados a corrupção), que
não são vistos como um
profissional completo.
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