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Projeto muda rodoviária da Barra Funda para a Lapa
Documento foi apresentado ontem e prevê intervenções em outros bairros
Prefeitura prevê ainda nas operações urbanas transferir as indústrias que estão na Mooca para a região da Jacu-Pêssego
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Mudar a rodoviária da Barra Funda para a Lapa, melhorar a paisagem nas áreas próximas ao parque da Independência e transferir empresas
da Mooca para a região da
avenida Jacu-Pêssego.
Essas são algumas das
propostas incluídas pela prefeitura no projeto de implantação de três novas operações urbanas na cidade.
O documento com as diretrizes da prefeitura para as
operações Urbanas Lapa-Brás, Mooca-Vila Carioca e
Rio Verde-Jacu foi divulgado
ontem pela prefeitura.
Entre as diretrizes está a
derrubada do Elevado Costa
e Silva, conhecido como Minhocão, anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM)
em maio deste ano, quando
foi apresentada a ideia de
criar três operações urbanas.
Para viabilizar a demolição do Minhocão será construído um túnel de 12 km por
onde passará a linha férrea
entre as estações Lapa (zona
oeste) e Brás (zona leste).
No lugar da ferrovia será
construída uma nova avenida, larga, arborizada, com ciclovias e áreas de lazer, que
servirá de alternativa viária
ao Minhocão.
Como a linha do trem será
"enterrada", no lugar da rodoviária da Barra Funda poderia ficar apenas uma estação de trem e/ou metrô. A nova rodoviária seria subterrânea, construída no atual pátio de trens da Lapa.
Com a demolição da rodoviária da Barra Funda seria
feito um parque linear entre o
Memorial da América Latina
e a marginal Tietê.
Na zona leste, a ideia é
transformar o pátio do Pari,
onde é realizada a "feirinha
da madrugada", em um terminal urbano de ônibus, que
poderia substituir o terminal
do Parque Dom Pedro, que
também será reformado.
Na Mooca, a proposta é
construir mais moradias na
região hoje ocupada por galpões industriais. As empresas que ainda estão instaladas ali receberão incentivos
para se transferir para o extremo leste, onde a ideia é levar mais empresas para uma
área já bastante habitada.
A maioria das obras será
bancada com a venda de títulos imobiliários que permitem às empreiteiras construir
acima dos limites mínimos
nas áreas mais valorizadas
das operações urbanas.
Prazos
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, não quis dar prazo para a execução das obras. Disse apenas que esse é um projeto "de longo prazo".
O primeiro passo burocrático foi dado ontem, com a
publicação dos termos de referência. Os interessados em
dar sugestões à proposta têm
30 dias para fazê-lo, pelo site
da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br).
A próxima etapa é a abertura de uma licitação para
contratar os escritórios de arquitetura, que terão seis meses para fazer os projetos.
Após esse prazo, eles serão
enviados à Câmara. A ideia
da prefeitura é enviar o texto
até o final do ano que vem.
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