São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

Projeto muda rodoviária da Barra Funda para a Lapa

Documento foi apresentado ontem e prevê intervenções em outros bairros

Prefeitura prevê ainda nas operações urbanas transferir as indústrias que estão na Mooca para a região da Jacu-Pêssego

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Mudar a rodoviária da Barra Funda para a Lapa, melhorar a paisagem nas áreas próximas ao parque da Independência e transferir empresas da Mooca para a região da avenida Jacu-Pêssego.
Essas são algumas das propostas incluídas pela prefeitura no projeto de implantação de três novas operações urbanas na cidade.
O documento com as diretrizes da prefeitura para as operações Urbanas Lapa-Brás, Mooca-Vila Carioca e Rio Verde-Jacu foi divulgado ontem pela prefeitura.
Entre as diretrizes está a derrubada do Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em maio deste ano, quando foi apresentada a ideia de criar três operações urbanas.
Para viabilizar a demolição do Minhocão será construído um túnel de 12 km por onde passará a linha férrea entre as estações Lapa (zona oeste) e Brás (zona leste).
No lugar da ferrovia será construída uma nova avenida, larga, arborizada, com ciclovias e áreas de lazer, que servirá de alternativa viária ao Minhocão.
Como a linha do trem será "enterrada", no lugar da rodoviária da Barra Funda poderia ficar apenas uma estação de trem e/ou metrô. A nova rodoviária seria subterrânea, construída no atual pátio de trens da Lapa.
Com a demolição da rodoviária da Barra Funda seria feito um parque linear entre o Memorial da América Latina e a marginal Tietê.
Na zona leste, a ideia é transformar o pátio do Pari, onde é realizada a "feirinha da madrugada", em um terminal urbano de ônibus, que poderia substituir o terminal do Parque Dom Pedro, que também será reformado.
Na Mooca, a proposta é construir mais moradias na região hoje ocupada por galpões industriais. As empresas que ainda estão instaladas ali receberão incentivos para se transferir para o extremo leste, onde a ideia é levar mais empresas para uma área já bastante habitada.
A maioria das obras será bancada com a venda de títulos imobiliários que permitem às empreiteiras construir acima dos limites mínimos nas áreas mais valorizadas das operações urbanas.

Prazos
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, não quis dar prazo para a execução das obras. Disse apenas que esse é um projeto "de longo prazo".
O primeiro passo burocrático foi dado ontem, com a publicação dos termos de referência. Os interessados em dar sugestões à proposta têm 30 dias para fazê-lo, pelo site da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br).
A próxima etapa é a abertura de uma licitação para contratar os escritórios de arquitetura, que terão seis meses para fazer os projetos. Após esse prazo, eles serão enviados à Câmara. A ideia da prefeitura é enviar o texto até o final do ano que vem.


Texto Anterior: Rosely Ribeiro (1955 - 2010): Uma vida em apoio ao autismo
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.