São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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EUCLIDES GOES MONTEIRO DE OLIVEIRA (1946-2010)

Um arquiteto de veia artística

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Euclides Oliveira, o Quica, não rabiscava apenas projetos arquitetônicos. Muito ligado às artes, também costumava fazer ilustrações e botar alguns poemas no papel.
Já formado arquiteto pela federal do Rio, onde nasceu, ele veio a SP em 1971. Aqui, conheceu o arquiteto Sergio Pileggi. Foram sócios por 20 anos, período no qual conquistaram vários prêmios.
Exemplo disso são os projetos que fizeram para os conjuntos do Sesi em Ribeirão Preto (SP) e em Marília (SP), premiados nos anos 80.
Também é deles a sede regional dos Correios, na vila Leopoldina, em São Paulo.
Em 1993, Euclides abriu o próprio escritório. Em 2004, no último ano do governo Marta Suplicy (PT), ganhou um concurso da Prefeitura de SP para a realização de um projeto na Barra Funda. Para sua frustração, quando José Serra (PSDB) assumiu em 2005, o projeto foi suspenso.
Amante de música clássica, botava o nome de compositores em seus cachorros.
Fez um livro de poesia, com circulação restrita para os amigos, e ilustrou dois livros de contos de um amigo.
Adorava Petrópolis (RJ), onde ainda mora o pai, o militar Euclides Quandt de Oliveira, ex-ministro das Comunicações no governo Geisel.
Também gostava de cozinhar e inventar receitas. Seu macarrão com molho de papaia, pimenta verde e camarão fazia sucesso em casa.
Euclides tinha câncer. Na terça, morreu aos 64, deixando viúva, três filhas e dois netos. No hospital, ainda pedia lápis e papel para desenhar.
A missa do sétimo dia será na segunda, às 19h30, na paróquia São Gabriel, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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