São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2002

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SAÚDE

Falsificações já foram detectadas em sete Estados

Vigilância Sanitária apreende 11 mil unidades de preservativos falsos

ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

A Vigilância Sanitária apreendeu em sete Estados 11 mil unidades de preservativos falsificados. A apreensão faz parte de uma megaoperação de busca de falsificações da marca Jontex em todo o país. Os Estados onde foram localizados os produtos fraudados são SP, MT, MS, PR, SC, RS e AC.
As denúncias surgiram há cerca de um ano e partiram da própria Johnson & Johnson, fabricante do produto.
A empresa informou que prepara uma forma de alertar os consumidores, durante o Carnaval, sobre a falsificação.
Em Presidente Prudente (SP), alunos da Faculdade de Farmácia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) identificaram na segunda-feira falsificações a partir de um trabalho rotineiro de controle de qualidade do curso.
A Vigilância Sanitária do município visitou ontem 16 das 95 drogarias e encontrou o produto falsificado em quatro. Foram apreendidas cerca de 250 embalagens, com três unidades cada. As mercadorias apreendidas não tinham nota fiscal.
"Ficamos preocupados porque, se para nós já é difícil identificar o produto falsificado, imagine para um leigo", disse Renata Marques, farmacêutica da Vigilância Sanitária de Presidente Prudente, que comandou a operação.
Os preservativos apreendidos em Presidente Prudente são do lote 4B3 e têm como data de fabricação 26 de janeiro de 2001. No entanto, segundo o Centro de Vigilância Sanitária de Brasília, existem falsificações sem indicação de lote ou de data de fabricação.
Desde que surgiram as denúncias, o texto da embalagem foi alterado pelo fabricante e passou a ser em três idiomas. Na falsificação, é apenas em português.
O pacote falsificado tem cor mais opaca, ligeiramente bege, ao contrário do cinza original. A camisinha falsa também é mais fina, e corre o risco de arrebentar.
"A qualidade da camisinha falsa é inferior. O risco de uma gravidez indesejada e de pegar doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, é muito grande", diz o professor Rogério Prioste, diretor da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Unoeste.
Quem identificar falsificações pode denunciar por meio do Disk-Saúde (do Ministério da Saúde): 0800-611997.



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