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SAÚDE
Falsificações já foram detectadas em sete Estados
Vigilância Sanitária apreende 11 mil unidades de preservativos falsos
ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
A Vigilância Sanitária apreendeu em sete Estados 11 mil unidades de preservativos falsificados.
A apreensão faz parte de uma megaoperação de busca de falsificações da marca Jontex em todo o
país. Os Estados onde foram localizados os produtos fraudados são
SP, MT, MS, PR, SC, RS e AC.
As denúncias surgiram há cerca
de um ano e partiram da própria
Johnson & Johnson, fabricante
do produto.
A empresa informou que prepara uma forma de alertar os consumidores, durante o Carnaval,
sobre a falsificação.
Em Presidente Prudente (SP),
alunos da Faculdade de Farmácia
da Unoeste (Universidade do
Oeste Paulista) identificaram na
segunda-feira falsificações a partir de um trabalho rotineiro de
controle de qualidade do curso.
A Vigilância Sanitária do município visitou ontem 16 das 95 drogarias e encontrou o produto falsificado em quatro. Foram
apreendidas cerca de 250 embalagens, com três unidades cada. As
mercadorias apreendidas não tinham nota fiscal.
"Ficamos preocupados porque,
se para nós já é difícil identificar o
produto falsificado, imagine para
um leigo", disse Renata Marques,
farmacêutica da Vigilância Sanitária de Presidente Prudente, que
comandou a operação.
Os preservativos apreendidos
em Presidente Prudente são do
lote 4B3 e têm como data de fabricação 26 de janeiro de 2001. No
entanto, segundo o Centro de Vigilância Sanitária de Brasília, existem falsificações sem indicação de
lote ou de data de fabricação.
Desde que surgiram as denúncias, o texto da embalagem foi alterado pelo fabricante e passou a
ser em três idiomas. Na falsificação, é apenas em português.
O pacote falsificado tem cor
mais opaca, ligeiramente bege, ao
contrário do cinza original. A camisinha falsa também é mais fina,
e corre o risco de arrebentar.
"A qualidade da camisinha falsa
é inferior. O risco de uma gravidez indesejada e de pegar doenças
sexualmente transmissíveis, como a Aids, é muito grande", diz o
professor Rogério Prioste, diretor
da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Unoeste.
Quem identificar falsificações
pode denunciar por meio do
Disk-Saúde (do Ministério da
Saúde): 0800-611997.
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