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INFÂNCIA
Polícia investiga suspeita de adoções irregulares de bebês
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA
FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
A Polícia Civil vai investigar, a pedido do Ministério
Público, supostas adoções irregulares de recém-nascidos
no interior de São Paulo. O
ginecologista Juliano Garcia,
que trabalha na Santa Casa
de Álvares Machado (578 km
a oeste de SP), é investigado
pela Promotoria por suspeita
de integrar o esquema.
Segundo o Gaerco (Grupo
de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) de
Presidente Prudente (565
km de SP), ele seria responsável por mediar contatos
entre mães biológicas e famílias interessadas na adoção.
Cinco casos estão sob investigação desde novembro.
Em alguns deles, documentos teriam sido falsificados
para que a mãe adotiva desse
entrada no hospital como
mãe biológica dos bebês.
A comissão de ética médica da Santa Casa de Álvares
Machado abriu sindicância.
O diretor do CRM (Conselho
Regional de Medicina) Henrique Salvador afirmou que o
órgão vai investigar a conduta do médico.
Em relatório enviado à polícia, a Promotoria pede que
Garcia seja denunciado por
crimes previstos no ECA
(Estatuto da Criança e do
Adolescente) e por falsificação de documentos.
Outro lado
A reportagem ligou duas
vezes ontem para telefones
fixos de Garcia, mas ninguém atendeu. O advogado
do médico, Ângelo Corrêa,
afirmou que o orientou a
"não se pronunciar até que o
inquérito seja concluído".
Ele negou que o médico tenha admitido a prática ilegal
em depoimento ao Gaerco.
"Por questões éticas, não
posso me manifestar sobre o
depoimento, mas adianto
que ele não admitiu nada",
disse. "Ele compareceu espontaneamente, respondeu
a tudo que lhe foi perguntado
e se colocou à disposição da
Justiça e da polícia."
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