São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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CET tentará convencer conselho sobre rodízio

Presidente da companhia diz que irá se reunir com conselheiros para buscar um entendimento sobre a legalidade da restrição

Scaringella diz que também pode pedir posicionamento do Contran sobre o tema; outros integrantes da gestão Kassab admitem ir à Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, afirmou ontem à noite que pretende convencer os conselheiros do Cetran (Conselho Estadual de Trânsito), "por meio do diálogo", sobre a legalidade das multas do rodízio de veículos.
"Vou pedir uma reunião com eles para conversar e buscar um entendimento", afirmou Scaringella, sem querer dizer que argumentos apresentará.
"Sou otimista. Acreditamos no diálogo", disse, após ser questionado sobre a eventual inviabilização da regra caso não haja mudanças e todos os infratores recorram ao Cetran.
Ele declarou que espera encontrar uma solução a partir do "bom senso", mas admitiu também a possibilidade de pedir um posicionamento do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) a respeito do tema.
Scaringella disse que, apesar de os votos do Cetran serem independentes, uma manifestação oficial do Contran pode ajudar ao convencimento.
O presidente da CET disse que não cogita nenhuma ação na Justiça para tentar reverter a posição do órgão julgador.
O tom diplomático foi diferente do que a Folha ouviu de outros membros da cúpula do trânsito da gestão Kassab, que falam na opção de ir à Justiça.
Scaringella e outros diretores da CET foram alertados pelo conselheiro Antonio Carlos Therezo Mattos em setembro de 2007 sobre a anulação sistemática das multas do rodízio.
Questionado ontem pela Folha sobre quais providências adotou a partir do alerta recebido, Scaringella só respondeu que já havia ido pessoalmente ao Cetran em 2006 para responder aos conselheiros sobre a restrição veicular.
O presidente da CET se negou a avaliar a possibilidade de instalação das placas indicativas do rodízio em todas as vias públicas onde a regra é válida.
Em 2007, a Justiça concedeu liminar -depois cassada- em favor de uma associação determinando que a prefeitura instalasse essa sinalização, mas a CET considerava inviável, porque teria de colocar pelo menos 10 mil placas em 4.000 ruas, operação com alto custo e que levaria muito tempo.
(ALENCAR IZIDORO)


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