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CET tentará convencer conselho sobre rodízio
Presidente da companhia diz que irá se reunir com conselheiros para buscar um entendimento sobre a legalidade da restrição
Scaringella diz que também pode pedir posicionamento do Contran sobre o tema; outros integrantes da gestão Kassab admitem ir à Justiça
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, afirmou ontem à noite que pretende convencer os conselheiros
do Cetran (Conselho Estadual
de Trânsito), "por meio do diálogo", sobre a legalidade das
multas do rodízio de veículos.
"Vou pedir uma reunião com
eles para conversar e buscar
um entendimento", afirmou
Scaringella, sem querer dizer
que argumentos apresentará.
"Sou otimista. Acreditamos
no diálogo", disse, após ser
questionado sobre a eventual
inviabilização da regra caso não
haja mudanças e todos os infratores recorram ao Cetran.
Ele declarou que espera encontrar uma solução a partir do
"bom senso", mas admitiu também a possibilidade de pedir
um posicionamento do Contran (Conselho Nacional de
Trânsito) a respeito do tema.
Scaringella disse que, apesar
de os votos do Cetran serem independentes, uma manifestação oficial do Contran pode
ajudar ao convencimento.
O presidente da CET disse
que não cogita nenhuma ação
na Justiça para tentar reverter
a posição do órgão julgador.
O tom diplomático foi diferente do que a Folha ouviu de
outros membros da cúpula do
trânsito da gestão Kassab, que
falam na opção de ir à Justiça.
Scaringella e outros diretores da CET foram alertados pelo conselheiro Antonio Carlos
Therezo Mattos em setembro
de 2007 sobre a anulação sistemática das multas do rodízio.
Questionado ontem pela Folha sobre quais providências
adotou a partir do alerta recebido, Scaringella só respondeu
que já havia ido pessoalmente
ao Cetran em 2006 para responder aos conselheiros sobre
a restrição veicular.
O presidente da CET se negou a avaliar a possibilidade de
instalação das placas indicativas do rodízio em todas as vias
públicas onde a regra é válida.
Em 2007, a Justiça concedeu
liminar -depois cassada- em
favor de uma associação determinando que a prefeitura instalasse essa sinalização, mas a
CET considerava inviável, porque teria de colocar pelo menos
10 mil placas em 4.000 ruas,
operação com alto custo e que
levaria muito tempo.
(ALENCAR IZIDORO)
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