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"Somos favoráveis à restrição, mas tem que ser na legalidade", diz conselheiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Os conselheiros do Cetran
que têm anulado as multas do
rodízio afirmam que não são
contrários à existência da restrição veicular, mas somente ao
descumprimento da legislação
pela prefeitura ao não sinalizá-la com placas indicativas aos
motoristas nas vias públicas.
"O trânsito está horrível, somos favoráveis ao rodízio, mas
tem que ser na legalidade, caramba", respondeu Renato Funicello Filho, presidente do
conselho, depois de questionamento da Folha.
Resposta semelhante foi dada por Julyver Modesto de
Araujo, representante da PM
no órgão. "Reconheço que as
regras do rodízio são favoráveis
ao trânsito. Mas é uma questão
formal", declarou ele.
Mas por que os conselheiros
só passaram a anular as multas
de seis meses para cá? "Houve
um momento em que foi avaliada a questão e só a partir daí
foi decidido se posicionar dessa
maneira. Alguns questionamentos só surgem quando são
apresentados num recurso, por
exemplo", afirma Araujo.
Segundo eles, as restrições à
circulação nas vias têm obrigatoriamente de ser informadas
aos motoristas por placas onde
elas vigoram porque ninguém é
obrigado a saber pela mídia.
O artigo do código de trânsito utilizado para as multas do
rodízio considera como infração "transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela
autoridade competente".
Para os conselheiros do Cetran, essa regulamentação é definida pela sinalização nas vias.
Eles citam ainda casos de
motoristas de outros municípios ou Estados que são multados por desconhecer a regra.
O representante do DSV no
conselho, Antonio Carlos Therezo Mattos, ainda tentou no
segundo semestre de 2007 inviabilizar a anulação das multas de rodízio ao pedir vistas de
boa parte dos processos - tentando ganhar tempo até a formalização do julgamento final.
Mas foi obrigado a devolver
os processos no final do ano -e
as multas foram anuladas.
(AI)
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