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Em 2008, China foi o destino de 190 mil alunos
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O advogado carioca Rodrigo Moura, 35, vive em
Xangai desde maio passado estudando chinês. Faz
seis horas de aula/dia, sem
contar as duas de tarefa.
Moura pertence ao crescente número de estudantes estrangeiros na China,
190 mil em 2008. Há dez
anos, eram apenas 60 mil.
A maioria vem estudar a
língua e a história. "Comecei a estudar em 2005 no
Rio, tinha muitos clientes
asiáticos", diz Moura.
As duas principais universidades do país, a de
Pequim e a Tsinghua, ambas na capital, oferecem
cursos intensivos de quatro meses, com 20 a 30 horas de aulas por semana.
O curso na Beida, como
é conhecida a Universidade de Pequim, custa
13.600 yuans (R$ 4.530), e
o da Tsinghua custa
10.500 yuans (R$ 3.500).
Com hospedagem e alimentação, Moura calcula
gastar US$ 3.000 mensais.
"Já consigo conversar,
fazer compras, viajar, mas
ainda não dá para trabalhar, pode levar anos", diz.
Especialistas calculam
que para se acostumar aos
tons do idioma -cada vogal tem pelo menos quatro
tonalidades diferentes-
são necessárias 2.000 horas de estudo aplicado. Para escrever e ler com
fluência, seriam oito anos.
Estudantes de vários
países têm encarado o desafio. O número de estudantes americanos na China cresceu 25% entre
2007 e 2008. Já é o quinto
destino dos americanos,
atrás de Reino Unido, Itália, Espanha e França.
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