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Rio faz 1º concurso de marchinhas
DA SUCURSAL DO RIO
O 1º Concurso Nacional de
Marchinhas Carnavalescas do
Novo Rio Antigo termina amanhã, na Fundição Progresso (centro do Rio), em clima de folia absoluta: foram 601 inscrições.
Entre os finalistas na categoria
"marchinhas tradicionais" estão
Eduardo Dussek ("Ô Pitanguy"),
Nelson Sargento ("Confete e Serpentina") e Homero Ferreira
("Milagre do Viagra"), autor de
"Me Dá Um Dinheiro Aí".
"O sucesso foi muito além do
que a gente esperava, mas eu sentia que as marchinhas estavam no
nosso inconsciente coletivo. No
Carnaval das marchinhas, o protagonista é o cara que está nas
ruas, cantando, desfilando", diz
Perfeito Fortuna, que dirige a
Fundição Progresso e idealizou o
concurso. Para ele, as marchinhas
são ótimos veículos de crítica social, razão pela qual tantos compositores profissionais e amadores se interessaram em participar.
"É a chance que a gente tem de falar do mensalão, da insegurança,
de tudo", diz Fortuna.
Entre as dez marchinhas finalistas, há as que brincam com a situação nacional, como "Cadê o
Meu Dinheiro", de Simone Miranda; as que se valem de temas
internacionais, como "O Buraco
do Saddam" (Paulo Roberto Lima
Pereira) e "A Burka" (Sergio
Amado); e as que têm o clima de
antigos Carnavais, como as de
Dussek e Sargento.
O júri que selecionou as dez
conta com o cantor Zé Renato e o
grande compositor de marchinhas João Roberto Kelly, autor de
"Cabeleira do Zezé", "Mulata
Bossa Nova" e outras. Amanhã,
eles escolherão três, e o público do
"Fantástico", que exibirá flashes
ao vivo da final, elegerá a melhor.
O concurso também conta com
a categoria "marchinhas eletrônicas", que tem remixes de músicas
clássicas feitos por DJs. Entre os
dez finalistas, o mais conhecido é
DJ Negralha, do grupo O Rappa.
Os vencedores nas duas categorias receberão R$ 5.000. A final de
amanha começará às 18h e seguirá até o início da madrugada.
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