São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 2006

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Rio faz 1º concurso de marchinhas

DA SUCURSAL DO RIO

O 1º Concurso Nacional de Marchinhas Carnavalescas do Novo Rio Antigo termina amanhã, na Fundição Progresso (centro do Rio), em clima de folia absoluta: foram 601 inscrições.
Entre os finalistas na categoria "marchinhas tradicionais" estão Eduardo Dussek ("Ô Pitanguy"), Nelson Sargento ("Confete e Serpentina") e Homero Ferreira ("Milagre do Viagra"), autor de "Me Dá Um Dinheiro Aí".
"O sucesso foi muito além do que a gente esperava, mas eu sentia que as marchinhas estavam no nosso inconsciente coletivo. No Carnaval das marchinhas, o protagonista é o cara que está nas ruas, cantando, desfilando", diz Perfeito Fortuna, que dirige a Fundição Progresso e idealizou o concurso. Para ele, as marchinhas são ótimos veículos de crítica social, razão pela qual tantos compositores profissionais e amadores se interessaram em participar. "É a chance que a gente tem de falar do mensalão, da insegurança, de tudo", diz Fortuna.
Entre as dez marchinhas finalistas, há as que brincam com a situação nacional, como "Cadê o Meu Dinheiro", de Simone Miranda; as que se valem de temas internacionais, como "O Buraco do Saddam" (Paulo Roberto Lima Pereira) e "A Burka" (Sergio Amado); e as que têm o clima de antigos Carnavais, como as de Dussek e Sargento.
O júri que selecionou as dez conta com o cantor Zé Renato e o grande compositor de marchinhas João Roberto Kelly, autor de "Cabeleira do Zezé", "Mulata Bossa Nova" e outras. Amanhã, eles escolherão três, e o público do "Fantástico", que exibirá flashes ao vivo da final, elegerá a melhor.
O concurso também conta com a categoria "marchinhas eletrônicas", que tem remixes de músicas clássicas feitos por DJs. Entre os dez finalistas, o mais conhecido é DJ Negralha, do grupo O Rappa.
Os vencedores nas duas categorias receberão R$ 5.000. A final de amanha começará às 18h e seguirá até o início da madrugada.


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