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REGYNALDO ZAVAGLIA (1928-2010)
De bebê premiado pela robustez a homem polivalente
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Regynaldo Zavaglia teve
um nascimento tardio -foi o
décimo e último filho de uma
mãe de 48 anos. Não satisfeito
com essa vitória, quando bebê
ainda abocanhou o Prêmio
Robustez, promovido na época pela Johnson & Johnson
para crianças graciosas.
Filho de um imigrante italiano que se estabeleceu em
São Carlos (SP) e lá montou a
Café Zavaglia, usando o lema
"Torrado e Moído Caprichosamente", Regynaldo fez de
tudo um pouco na vida.
Aos 16 anos, começou a dar
aulas de inglês. Depois, trabalhou na empresa da família e
se formou em contabilidade,
mas não seguiu na área.
Em 1952, levou os três filhos para ver sua formatura
em odontologia, pela Unesp
de Araraquara (SP). Por dez
anos, manteve um consultório de sucesso, mas aí resolveu mudar de ares de novo.
Partiu para Goiânia, onde
foi sócio num frigorífico e numa mina de grafite. Depois, de
volta a São Carlos, abriu vários negócios até passar a se
dedicar ao ramo imobiliário.
Lia muito e, por hobby, gostava de estudar processos jurídicos. Como sempre ia ao
fórum da cidade, fez vários
amigos na área do direito.
Homem alegre, a única coisa que o irritava era o som de
sinos. Mesmo depois de descobrir um tumor na tireoide,
dizia, com sua irreverência típica, estar cada dia melhor.
Ao lado da mulher, viveu
por 68 anos -foram 61 anos
de casamento. Na terça-feira
da semana passada, morreu
aos 81 anos, em decorrência
do tumor. Teve seis filhos, 15
netos e quatro bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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