São Paulo, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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REGYNALDO ZAVAGLIA (1928-2010)

De bebê premiado pela robustez a homem polivalente

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Regynaldo Zavaglia teve um nascimento tardio -foi o décimo e último filho de uma mãe de 48 anos. Não satisfeito com essa vitória, quando bebê ainda abocanhou o Prêmio Robustez, promovido na época pela Johnson & Johnson para crianças graciosas.
Filho de um imigrante italiano que se estabeleceu em São Carlos (SP) e lá montou a Café Zavaglia, usando o lema "Torrado e Moído Caprichosamente", Regynaldo fez de tudo um pouco na vida.
Aos 16 anos, começou a dar aulas de inglês. Depois, trabalhou na empresa da família e se formou em contabilidade, mas não seguiu na área.
Em 1952, levou os três filhos para ver sua formatura em odontologia, pela Unesp de Araraquara (SP). Por dez anos, manteve um consultório de sucesso, mas aí resolveu mudar de ares de novo.
Partiu para Goiânia, onde foi sócio num frigorífico e numa mina de grafite. Depois, de volta a São Carlos, abriu vários negócios até passar a se dedicar ao ramo imobiliário.
Lia muito e, por hobby, gostava de estudar processos jurídicos. Como sempre ia ao fórum da cidade, fez vários amigos na área do direito.
Homem alegre, a única coisa que o irritava era o som de sinos. Mesmo depois de descobrir um tumor na tireoide, dizia, com sua irreverência típica, estar cada dia melhor.
Ao lado da mulher, viveu por 68 anos -foram 61 anos de casamento. Na terça-feira da semana passada, morreu aos 81 anos, em decorrência do tumor. Teve seis filhos, 15 netos e quatro bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br


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