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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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Investimento no PR não passou de 4%, diz diretor

DA REPORTAGEM LOCAL

O atual diretor de sistemas de saúde do governo do Paraná, Mário Lobato da Costa, diz que o Estado na última década "não investiu mais do que 4% em saúde". Em 2001, deveria ter investido 8% das receitas.
"Além de não integralizar a nossa contrapartida em diversas coisas, como repasses a municípios [no valor de R$ 7 milhões", vários projetos foram deixados em segundo plano. Houve sucateamento dos hospitais universitários e várias terceirizações por falta de recursos", afirmou.
Alas novas dos hospitais universitários de Maringá e Cascavel não foram ativadas até hoje por falta de dinheiro, afirma. O governo atual, de Roberto Requião (PMDB), é de oposição ao anterior.
"Até 98 melhoramos muito a alocação de recursos para a saúde", diz Armando Raggio, que foi secretário da Saúde na administração de Jaime Lerner (PFL). "Fiz a transição da gestão do hospital de Cascavel de uma entidade para a administração direta." "Foi também na minha gestão que foram ampliados os leitos", disse ainda Raggio.
"Temos problemas de abastecimento e infra-estrutura e partes de hospitais construídos não funcionam por falta de equipamentos", diz Salvador Alves de Oliveira, membro do coletivo de saúde da CUT e um dos conselheiros estaduais de saúde do Rio.
Segundo ele, entre 2001 e 2002, parte da verba da Saúde foi aplicada em ações que não estavam previstas no plano estadual de saúde avalizado pelo conselho. "Houve transferência de verbas da saúde para ação social, como restaurantes populares, da ordem de R$ 65 milhões."
O conselheiro afirma, no entanto, que não conhecia a avaliação do ministério.
O secretário da Saúde do Rio, Gilson Cantarino O'Dwyer, disse que "provavelmente o Estado do Rio é um dos poucos com tanta aplicação da fonte do tesouro estadual" na saúde. Afirma ainda que suas contas de 2001 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas.


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