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Investimento no PR não passou de 4%, diz diretor
DA REPORTAGEM LOCAL
O atual diretor de sistemas
de saúde do governo do Paraná, Mário Lobato da Costa, diz que o Estado na última década "não investiu
mais do que 4% em saúde".
Em 2001, deveria ter investido 8% das receitas.
"Além de não integralizar
a nossa contrapartida em diversas coisas, como repasses
a municípios [no valor de R$
7 milhões", vários projetos
foram deixados em segundo
plano. Houve sucateamento
dos hospitais universitários
e várias terceirizações por
falta de recursos", afirmou.
Alas novas dos hospitais
universitários de Maringá e
Cascavel não foram ativadas
até hoje por falta de dinheiro, afirma. O governo atual,
de Roberto Requião
(PMDB), é de oposição ao
anterior.
"Até 98 melhoramos muito a alocação de recursos para a saúde", diz Armando
Raggio, que foi secretário da
Saúde na administração de
Jaime Lerner (PFL). "Fiz a
transição da gestão do hospital de Cascavel de uma entidade para a administração
direta." "Foi também na minha gestão que foram ampliados os leitos", disse ainda Raggio.
"Temos problemas de
abastecimento e infra-estrutura e partes de hospitais
construídos não funcionam
por falta de equipamentos",
diz Salvador Alves de Oliveira, membro do coletivo de
saúde da CUT e um dos conselheiros estaduais de saúde
do Rio.
Segundo ele, entre 2001 e
2002, parte da verba da Saúde foi aplicada em ações que
não estavam previstas no
plano estadual de saúde avalizado pelo conselho. "Houve transferência de verbas da
saúde para ação social, como
restaurantes populares, da
ordem de R$ 65 milhões."
O conselheiro afirma, no
entanto, que não conhecia a
avaliação do ministério.
O secretário da Saúde do
Rio, Gilson Cantarino
O'Dwyer, disse que "provavelmente o Estado do Rio é
um dos poucos com tanta
aplicação da fonte do tesouro estadual" na saúde. Afirma ainda que suas contas de 2001 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas.
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