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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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Após liminar, prefeitura retoma a limpeza de área do parque do Povo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo retomou ontem, por decisão judicial, o trabalho de limpeza e manutenção de uma área de 6.000 m2 no parque do Povo (zona oeste).
Uma decisão do desembargador Peiretti de Godoy, do Tribunal de Justiça, suspendeu liminar de reintegração de posse concedida há duas semanas à Associação Amigos do Parque do Povo.
Desde o mês passado, a Associação de Amigos do Parque -formada pelos teatros e clubes de várzea do local- e a Subprefeitura de Pinheiros travam uma disputa judicial pelo direito de administrar o terreno, que pertence à Caixa Econômica Federal.
De acordo com a subprefeita de Pinheiros, Bia Pardi, a intenção é fazer do local um pequeno Ibirapuera, aberto à população. Para isso, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) se reunirão nesta semana para discutir um projeto para o parque, que precisa ser aprovado pelo Condephaat (Conselho Estadual de Proteção ao Patrimônio Histórico).
A subprefeita informou também que está movendo na Justiça uma outra ação, que pede a transferência para a prefeitura da área total do terreno, de 11 mil m2.
O advogado da Associação de Amigos do Parque, Guilherme Asta Lopes da Silva, afirma que a associação tem o direito de posse do terreno desde 1992 e que irá recorrer da decisão judicial.
Tombado desde 1995, o parque está localizado entre as avenidas Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek, próximo à marginal Pinheiros. É ocupado, há cerca de 50 anos, por teatros e clubes de futebol de várzea.
Pelo tombamento, os clubes de várzea devem permanecer no local, por exercerem uma prática em extinção, não podendo desvirtuar o seu uso. (SIMONE IWASSO)


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