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Após liminar, prefeitura retoma a limpeza de área do parque do Povo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo retomou ontem, por decisão judicial,
o trabalho de limpeza e manutenção de uma área de 6.000 m2 no
parque do Povo (zona oeste).
Uma decisão do desembargador Peiretti de Godoy, do Tribunal de Justiça, suspendeu liminar
de reintegração de posse concedida há duas semanas à Associação
Amigos do Parque do Povo.
Desde o mês passado, a Associação de Amigos do Parque
-formada pelos teatros e clubes
de várzea do local- e a Subprefeitura de Pinheiros travam uma
disputa judicial pelo direito de administrar o terreno, que pertence
à Caixa Econômica Federal.
De acordo com a subprefeita de
Pinheiros, Bia Pardi, a intenção é
fazer do local um pequeno Ibirapuera, aberto à população. Para
isso, a Secretaria do Verde e do
Meio Ambiente e a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização)
se reunirão nesta semana para
discutir um projeto para o parque, que precisa ser aprovado pelo Condephaat (Conselho Estadual de Proteção ao Patrimônio
Histórico).
A subprefeita informou também que está movendo na Justiça
uma outra ação, que pede a transferência para a prefeitura da área
total do terreno, de 11 mil m2.
O advogado da Associação de
Amigos do Parque, Guilherme
Asta Lopes da Silva, afirma que a
associação tem o direito de posse
do terreno desde 1992 e que irá recorrer da decisão judicial.
Tombado desde 1995, o parque
está localizado entre as avenidas
Cidade Jardim e Juscelino Kubitschek, próximo à marginal Pinheiros. É ocupado, há cerca de 50
anos, por teatros e clubes de futebol de várzea.
Pelo tombamento, os clubes de
várzea devem permanecer no local, por exercerem uma prática
em extinção, não podendo desvirtuar o seu uso.
(SIMONE IWASSO)
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