São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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outro lado

Empresas negam má-fé em pregão e dizem que não houve prejuízo

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas Ceazza e Pontual atribuem a condição suspeita do pregão a uma falha, mas negam má-fé e dizem que a licitação não foi prejudicada.
Elas afirmam que Ezequiel Aparecido Rodrigues de Oliveira havia pedido para sair da Ceazza e, por isso, foi representar a Pontual. Mas, segundo essa versão, ele desistiu da troca logo em seguida -tanto que trabalha na Ceazza até hoje.
As empresas dizem ainda que deram mais de 15 lances no pregão e que, no final, cada uma ofereceu a proposta que podia.
Ezequiel Oliveira foi procurado nas três últimas semanas, mas não se manifestou.
Antes de emitir a mesma versão da Ceazza, Fernando Yoshio IIzuka, dono da Pontual, concedeu uma entrevista gravada à Folha dando detalhes que agravavam as suspeitas.
Afirmou que havia sido "enganado" por Ezequiel Oliveira, sem saber de sua ligação com a Ceazza, e que sua empresa era uma "vítima" que tinha sido "prejudicada" na concorrência.
"Na época, eu poderia ter dado mais um lance [no pregão], mas ele [Ezequiel Oliveira] não deu. Tivemos uma briga danada", afirmou, ressaltando que não chegaria ao valor final vencedor. "O que dá para transparecer é que houve um acerto no dia da licitação", acrescentou.
Dois dias depois, IIzuka se reuniu com a Ceazza e mudou de versão. Disse à Folha que havia se enganado -e que não podia ter ofertado outro lance.
A Secretaria de Gestão, responsável pelo contrato, disse que desconhecia os fatos, mas que "tal situação é de questão privada, totalmente alheia à análise da administração".


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