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outro lado
Empresas negam má-fé em pregão e dizem que não houve prejuízo
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas Ceazza e Pontual atribuem a condição suspeita do pregão a uma falha,
mas negam má-fé e dizem que a
licitação não foi prejudicada.
Elas afirmam que Ezequiel
Aparecido Rodrigues de Oliveira havia pedido para sair da
Ceazza e, por isso, foi representar a Pontual. Mas, segundo essa versão, ele desistiu da troca
logo em seguida -tanto que
trabalha na Ceazza até hoje.
As empresas dizem ainda que
deram mais de 15 lances no pregão e que, no final, cada uma
ofereceu a proposta que podia.
Ezequiel Oliveira foi procurado nas três últimas semanas,
mas não se manifestou.
Antes de emitir a mesma versão da Ceazza, Fernando Yoshio IIzuka, dono da Pontual,
concedeu uma entrevista gravada à Folha dando detalhes
que agravavam as suspeitas.
Afirmou que havia sido "enganado" por Ezequiel Oliveira,
sem saber de sua ligação com a
Ceazza, e que sua empresa era
uma "vítima" que tinha sido
"prejudicada" na concorrência.
"Na época, eu poderia ter dado mais um lance [no pregão],
mas ele [Ezequiel Oliveira] não
deu. Tivemos uma briga danada", afirmou, ressaltando que
não chegaria ao valor final vencedor. "O que dá para transparecer é que houve um acerto no
dia da licitação", acrescentou.
Dois dias depois, IIzuka se
reuniu com a Ceazza e mudou
de versão. Disse à Folha que
havia se enganado -e que não
podia ter ofertado outro lance.
A Secretaria de Gestão, responsável pelo contrato, disse
que desconhecia os fatos, mas
que "tal situação é de questão
privada, totalmente alheia à
análise da administração".
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