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ANÁLISE
Decisão é frustrante, mas evita novo trauma
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
É sensata a decisão do Ministério da Educação de desistir da
ideia de realizar duas edições
do Enem neste ano, sendo a
primeira já neste semestre.
O ministro Fernando Haddad tem reafirmado que, em
sua avaliação, o pecado original
que comprometeu o Enem e
culminou no vazamento da
prova foi a exigência de licitação, o que teria dado margem a
que um consórcio inexperiente
vencesse a disputa.
Mas o ministério teve sua
parcela de culpa ao, justamente
no ano em que ampliou e reformulou o Enem, ter estabelecido um prazo exíguo para a realização do exame.
Em 2006, entre a data de recebimento dos envelopes das
empresas interessadas em participar da licitação e o dia de
aplicação da prova, passaram-se 132 dias. Esse prazo foi diminuindo a cada ano e, no ano
passado, não fosse o vazamento, teriam sido apenas 78 dias.
É frustrante para universidades e estudantes que a promessa feita no ano passado de dar
mais uma oportunidade de ingresso no ensino superior via
Enem não se concretize. Mas é
melhor lidar com essa frustração do que correr o risco de um
novo trauma, causado por precipitação desnecessária.
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