São Paulo, quinta-feira, 11 de março de 2010

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ANÁLISE

Decisão é frustrante, mas evita novo trauma

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

É sensata a decisão do Ministério da Educação de desistir da ideia de realizar duas edições do Enem neste ano, sendo a primeira já neste semestre.
O ministro Fernando Haddad tem reafirmado que, em sua avaliação, o pecado original que comprometeu o Enem e culminou no vazamento da prova foi a exigência de licitação, o que teria dado margem a que um consórcio inexperiente vencesse a disputa.
Mas o ministério teve sua parcela de culpa ao, justamente no ano em que ampliou e reformulou o Enem, ter estabelecido um prazo exíguo para a realização do exame.
Em 2006, entre a data de recebimento dos envelopes das empresas interessadas em participar da licitação e o dia de aplicação da prova, passaram-se 132 dias. Esse prazo foi diminuindo a cada ano e, no ano passado, não fosse o vazamento, teriam sido apenas 78 dias.
É frustrante para universidades e estudantes que a promessa feita no ano passado de dar mais uma oportunidade de ingresso no ensino superior via Enem não se concretize. Mas é melhor lidar com essa frustração do que correr o risco de um novo trauma, causado por precipitação desnecessária.


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