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Exame no fim do ano será feito após eleições
PF indica ao MEC possibilidade de uso político de eventual fraude na prova
No ano passado, datas iniciais da prova seriam 3
e 4 de outubro; vazamento do conteúdo adiou a avaliação para dezembro
DA REPORTAGEM LOCAL
O Enem ao final do ano será
aplicado apenas após o segundo
turno das eleições presidenciais (31 de outubro). Segundo a
Folha apurou, o governo federal avalia que a edição 2010 sofre mais riscos de fraudes devido ao período eleitoral.
O entendimento surgiu durante investigações do vazamento do exame em 2009
-provas foram oferecidas para
órgão de imprensa em troca de
dinheiro. Após ouvir membros
das diversas instituições envolvidas (consórcios, gráfica e a
própria União), a PF indicou ao
Ministério da Educação a possibilidade de uso político de
eventual fraude no exame.
Uma fonte do ministério disse que o risco foi considerado
na decisão de não aplicar o exame neste meio de ano.
No ano passado, a prova estava prevista para os dias 3 e 4 de
outubro, mas foi adiada para
dezembro após o vazamento.
As datas prejudicaram o calendário de seleção das universidades. USP e Unicamp, por
exemplo, deixaram de usa a nota como parte da seleção. O
exame em novembro de 2010
também pode atrapalhar os calendários das universidades. As
datas não estão definidas.
Segundo a Folha apurou, para o Enem do final ano serão
contratadas, sem licitação, a
Cespe e a Cesgranrio para aplicação e correção. Entende-se
que apenas essas entidades
conseguem organizar o exame.
Também sem licitação, os
Correios vão fazer a distribuição das provas. Haverá concorrência só para a gráfica. A ideia
do MEC é mostrar que haverá
licitação onde for possível.
A avaliação do MEC é que o
modelo já foi aceito por órgãos
fiscalizadores (TCU e AGU).
O governo decidiu mudar o
processo de escolha dos envolvidos por entender que foi nesse ponto que houve falha em
2009. Uma empresa (Conasel)
com pouca experiência na área
venceu a licitação por apresentar o menor preço.
(FT)
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