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Duas pessoas ficaram feridas em acidente que provocou incêndio em empresa de São Paulo
Explosão mata um em laboratório
da Reportagem Local
A auxiliar de laboratório Clemilda Aviz Costa, 24, morreu
ontem após uma explosão seguida de incêndio na empresa onde
trabalhava, o laboratório Blanver Farmoquímica, no km 25,5
da rodovia Raposo Tavares, em
Cotia (Grande São Paulo).
Outras duas pessoas ficaram
feridas, com queimaduras. A explosão aconteceu por volta das
11h30, no térreo da empresa, onde fica uma máquina para prensar comprimidos.
A causa do acidente ainda é
desconhecida. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros João
Luiz de Campos, a explosão não
teve foco definido -aconteceu
no ambiente todo.
"Acredito que possa ter sido algum produto químico, mas somente a perícia vai poder confirmar", disse o capitão.
De acordo com o empresário
Giusepe Frangioni, dono do laboratório, no térreo ficavam estocadas amostras de celulose microcristalina -material usado
para dar volume aos remédios
em forma de comprimidos.
Frangioni afirmou que esse
material não é inflamável nem
explosivo.
A explosão e o incêndio destruíram todo o térreo do prédio e
causaram danos aos outros dois
andares. Os bombeiros chegaram às 11h50 e levaram 15 minutos para apagar o fogo.
Sete carros no estacionamento
da empresa, entre eles um Mercedes-Benz, ficaram parcialmente destruídos. "O calor fez
borbulhar os faróis do Mercedes", disse o capitão Campos.
O delegado Luiz Carlos Santos,
da delegacia de Cotia -que fica
perto do laboratório- assistiu a
explosão. "Houve um estrondo
fraco e depois uma explosão gigantesca, que formou um cogumelo de fumaça", disse.
Clemilda era a única pessoa
que estava no térreo e morreu na
hora. Os dois feridos, a auxiliar
de enfermagem Roseli de Andrade, 29, e o técnico João Pires estavam no andar de cima.
No momento da explosão havia cerca de 15 pessoas no prédio. Os funcionários tiveram dificuldades de sair por causa da
fumaça. O empresário Frangioni
pulou de sua sala, no terceiro andar, para uma laje no segundo, e
acabou levando choques nos fios
do sistema de alarme.
O empresário disse que não
tem idéia do prejuízo. "Está tudo
no seguro. O problema é a perda
da funcionária", disse.
Clemilda era casada e tinha
duas filhas. Ela começou a trabalhar no Blanver como faxineira e
foi promovida após fazer um
curso na própria empresa.
(RENATO KRAUSZ)
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