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Em protesto, motoristas despejam quase 35 toneladas de lixo nas ruas
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de motoristas esvaziou dois caminhões de lixo na
entrada do Departamento de
Limpeza Urbana (Limpurb), na
rua Azurita, no Pari (região central de São Paulo).
Os caminhões eram da Cliba,
que teve mais três veículos esvaziados na porta da própria empresa, no parque do Carmo (zona
leste). No total, os manifestantes
despejaram quase 35 toneladas de
lixo nas ruas.
As ações fizeram parte de uma
onda de protestos dos motoristas
de caminhões de lixo, que negociam data-base da categoria. Iniciada anteontem à noite, as ações
também contaram com alguns piquetes. Eles pararam por algumas
horas dois aterros e um transbordo, atrasando a liberação de caminhões e a coleta de lixo. A prefeitura, porém, diz que o serviço não
deixou de ser feito.
Os motoristas de caminhão de
lixo representam 10% da força
empregada na coleta da cidade
-cerca de 13 mil funcionários, de
acordo com o secretário Oswaldo
Misso (Serviços e Obras).
Eles não aceitaram a proposta
dos empresários -que oferecem
17,66% de reajuste salarial- e pedem que a correção seja estendida
aos benefícios, como vales-refeição e cesta básica.
Os empresários dizem que a
oferta chegou ao limite, por isso
pediram a intervenção da Justiça
Trabalhista.
Coletores e varredores, representados por outro sindicato,
aceitaram a proposta e já recebem
salários corrigidos.
Segundo os vigias da Limpurb,
os grevistas jogaram o lixo na rua
após ameaçarem entrar com os
caminhões dentro do departamento da prefeitura.
O diretor-presidente da Cliba,
José Luiz Souza Filho, informou
que os caminhões foram retirados
das ruas por grevistas.
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