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São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2003

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Em protesto, motoristas despejam quase 35 toneladas de lixo nas ruas

DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de motoristas esvaziou dois caminhões de lixo na entrada do Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb), na rua Azurita, no Pari (região central de São Paulo).
Os caminhões eram da Cliba, que teve mais três veículos esvaziados na porta da própria empresa, no parque do Carmo (zona leste). No total, os manifestantes despejaram quase 35 toneladas de lixo nas ruas.
As ações fizeram parte de uma onda de protestos dos motoristas de caminhões de lixo, que negociam data-base da categoria. Iniciada anteontem à noite, as ações também contaram com alguns piquetes. Eles pararam por algumas horas dois aterros e um transbordo, atrasando a liberação de caminhões e a coleta de lixo. A prefeitura, porém, diz que o serviço não deixou de ser feito.
Os motoristas de caminhão de lixo representam 10% da força empregada na coleta da cidade -cerca de 13 mil funcionários, de acordo com o secretário Oswaldo Misso (Serviços e Obras).
Eles não aceitaram a proposta dos empresários -que oferecem 17,66% de reajuste salarial- e pedem que a correção seja estendida aos benefícios, como vales-refeição e cesta básica.
Os empresários dizem que a oferta chegou ao limite, por isso pediram a intervenção da Justiça Trabalhista.
Coletores e varredores, representados por outro sindicato, aceitaram a proposta e já recebem salários corrigidos.
Segundo os vigias da Limpurb, os grevistas jogaram o lixo na rua após ameaçarem entrar com os caminhões dentro do departamento da prefeitura.
O diretor-presidente da Cliba, José Luiz Souza Filho, informou que os caminhões foram retirados das ruas por grevistas.


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